“Não é nenhum favor aquilo que fazemos”
José Manuel Fernandes disse haver muito para Portugal aprender com a Madeira, apontando que a função dos eurodeputados é defender todas as regiões
O líder da delegação do PSD no Parlamento Europeu defende um programa específico para os transportes e a mobilidade à semelhança do que acontece, por exemplo, com o POSEI, na agricultura
Encontro Interparlamentar que hoje junta, na Madeira, os deputados social-democratas na Assembleia Legislativa regional e no Parlamento Europeu (PE), para destacar a “mais-valia” que representam os fundos europeus para as Regiões Ultraperiféricas (RUP), evidenciando o exemplo do aproveitamento feito pela Madeira.
José Manuel Fernandes disse mesmo haver “muito a aprender a nível nacional com a Madeira para que os fundos [europeus] acrescentem e não substituam”. Na ocasião, o deputado ao PE destacou o papel da eurodeputada madeirense Cláudia Monteiro de Aguiar, nomeadamente no que aos transportes diz respeito.
Nesse sentido, o parlamentar, reconhecendo os constrangimentos que afectam as RUP, mostrou a disponibilidade do grupo para defender os interesses da Madeira e dos Açores na Europa, deixando claro que “não é nenhum favor” aquilo que fazem.
Ainda assim, não deixou de notar a necessidade de os projectos elegíveis ao financiamento servirem “realmente a realidade”.
As críticas ao pouco envolvimento das regiões autónomas nas decisões do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) também foram ouvidas da parte de José Manuel Fernandes, lamentando o facto de esse envolvimento não ter acontecido.
Outro aspecto apontado pelo eurodeputado foi a necessidade de criação de programa específico para os transportes, à semelhança do que acontece com outros sectores, reconhecendo a importância da mobilidade, tanto em termos aéreos, como marítimos, para as RUP. A importância do Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM) foi outro dos temas referidos, criticando a postura de travão assumida pelos socialistas.
Elogiando o trabalho desenvolvido por Miguel Albuquerque e pelo seu executivo, José Manuel Fernandes disse que, na Madeira, “respiramos liberdade” e “sentimos estabilidade política”, aspectos fundamentais para o desenvolvimento, que é essencial para o desenvolvimento. E se a “economia está pujante na Madeira”, deve-se aos fundos europeus, mas também ao desempenho do Governo Regional, notou.