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Partido Reformista da Estónia inicia negociações para coligação governamental

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O Partido Reformista estónio, de centro-direita, iniciou hoje negociações com dois pequenos partidos para a formação de uma nova coligação de Governo liberal.

O Partido do primeiro-ministro cessante, Kaja Kallas, venceu as eleições gerais do país no domingo, com 31,2% dos votos.

Kallas convocou para hoje uma reunião de representantes do Partido Reformista, do partido centrista Estónia 200 e do Partido Social-Democrata, de centro-esquerda, na Stenbock House, onde se situa o gabinete do primeiro-ministro.

"Queremos alcançar um acordo que melhore as vidas de toda a população da Estónia", declarou Kallas.

"As prioridades do Partido Reformista são proteger firmemente a Estónia nos próximos anos, aumentar a qualidade de vida do povo estónio e promover um crescimento económico assente numa reforma ecológica", precisou.

O Partido Reformista era o parceiro mais antigo do Governo cessante, composto por três formações. Apesar de ter obtido no domingo quase duas vezes mais votos que o segundo classificado, o partido populista de extrema-direita ERKE, Kallas precisa de parceiros de partidos mais pequenos para formar um executivo que possa governar nos próximos quatro anos com uma maioria confortável.

O surgimento do estreante Estónia 200 no parlamento, um partido centrista que defende valores liberais, foi a maior surpresa das eleições legislativas de domingo: conquistou 13,3% dos votos e 14 assentos na assembleia estónia de 101 lugares, conhecida como Riigikogu.

O Partido Reformista de Kallas obteve 37 assentos parlamentares e os social-democratas, nove.

O Estónia 200, que se apresenta como "um partido político progressista e voltado para o futuro", não conseguiu alcançar o limiar de 5% dos votos necessário para ter assento parlamentar no Riigikogu em 2019, mas, desta vez, reuniu um prestigiado leque de figuras culturais, académicos, empresários e políticos estónios como candidatos.

A segurança nacional após a invasão da Ucrânia pela vizinha Rússia, há pouco mais de um ano, e problemas socioeconómicos, em particular o aumento do custo de vida, foram os principais temas da campanha eleitoral.

O extremista de direita EKRE, que assenta sobretudo numa plataforma anti-imigração e anti-União Europeia, foi parte do Governo da Estónia entre 2019 e 2021.