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"Ainda há muito por fazer para a plena emancipação da mulher", reconhece Papa

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O Papa Francisco culpa "uma cultura de opressão patriarcal e machista" pela violência contra as mulheres, destacando as lacunas que ainda existem na igualdade de género, no prefácio de um livro divulgado hoje.

As afirmações do pontífice surgem no prefácio do livro "Mais liderança feminina para um mundo melhor: o cuidado como motor da nossa casa comum", editado por Anna Maria Tarantola, ex-diretora do Banco de Itália e atual presidente da Fundação Centesimus Annus pro Pontifice.

No volume publicado em Itália, e cujo conteúdo foi divulgado hoje pelo portal Vatican News, o Papa afirma que "o mundo será melhor se houver igualdade na diversidade entre homens e mulheres", enfatizando que a igualdade não é a adoção de comportamentos masculinos pelas mulheres.

"Se as mulheres pudessem desfrutar de plena igualdade de oportunidades, poderiam contribuir substancialmente para a mudança necessária rumo a um mundo de paz, inclusão, solidariedade e sustentabilidade integral", destacou o Chefe da Igreja Católica.

O Papa declarou também que "ainda há muito por fazer para a plena emancipação da mulher".

O papel da mulher na Igreja foi outro ponto realçado pelo pontífice. "O papel da mulher na Igreja vai muito além da funcionalidade. Devemos continuar a trabalhar nisto. Muito mais além", acrescentou.

Destacando a necessidade de igualdade para um mundo melhor, o Papa Francisco constatou que "o caminho para a afirmação da mulher é recente, acidentado e, infelizmente, não definitivo".

"A capacidade de cuidar, por exemplo, é sem dúvida uma característica feminina que se deve expressar não só no seio da família, mas igualmente e com êxito na política, nos negócios, no mundo académico e no local de trabalho", manifestou.

O Papa Francisco concluiu com a constatação de que 130 milhões de meninas no mundo "não vão à escola".

"Não há liberdade, justiça, desenvolvimento integral, democracia e paz sem educação", acrescentou.