Madeira

PSD aponta a sustentabilidade, a eficiência e a competitividade como prioridades para os Transportes

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O PSD Madeira promoveu esta semana um debate dedicado à temática 'Acessibilidades e Transportes', no âmbito do projecto 'Compromisso 2030', que contou com mais de 100 participantes.

Na ocasião, ficou assente o desafio de garantir uma oferta de transportes que, sendo cada vez mais eficiente e integrada, corresponda, simultaneamente, às necessidades da população local e visitante, das empresas e ao necessário equilíbrio que importa manter entre as componentes ambiental, social e económica, tendo por base uma política energética comum a vários sectores. 

A coordenadora do 'Compromisso 2030' para a área dos 'Transportes e Acessibilidades', Patrícia Dantas, destaca como conclusões, no campo dos transportes aéreos, “a necessidade de a Região estar atenta aos impactos que os pacotes ambientais poderão vir a ter na operação das companhias aéreas, onerando-as”, assim como à imposição das taxas de carbono que, caso não sejam derrogadas, que "irão afectar a atractividade que actualmente a Madeira apresenta, do ponto de vista turístico". As limitações dos Aeroportos da Madeira e do Porto Santo, em matéria de concentração de movimentos, em determinados períodos, foram também abordadas, assim como o dossiê dos limites do Vento, “situações que carecem de ser revistas, contando com o contributo e a devida responsabilização do Estado”.

No que toca às acessibilidades e infra-estruturas marítimas, destaca a modernização e agilização da ligação existente operada pelo navio Lobo Marinho, assim como a necessidade de explorar nichos de mercado como os mega-iates e promover uma maior rentabilização dos Portos da costa norte da Ilha, "designadamente, do ponto de vista do turismo científico". Paralelamente, explica Patrícia Dantas, “foi também deixado o alerta para a existência de apoios à exportação e para a melhoria das condições logísticas associadas ao escoamento da produção, reforçando o papel que a Madeira tem vindo a assumir nesta área”, numa oportunidade em que a uniformização das exigências e procedimentos alfandegários, relativamente ao País, foi outra das preocupações manifestadas.

Do ponto de vista dos transportes terrestres, “importa sublinhar a importância da Região olhar para as novas dinâmicas que emergem das centralidades a criar – como aquela que surgirá, no Funchal, aquando da entrada em funcionamento do novo Hospital Central e Universitário – assim como para as grandes mudanças que já estão a surgir, apostando na intermodalidade e na tecnologia e dotando as localidades de infra-estruturas de transbordo sempre que se verifique necessário”. Uma estratégia que deverá estar directamente concertada com o planeamento e a gestão urbanística, campo em que foi lançado o desafio para a melhoria da rede regional de estradas, tanto na perspectiva da sua optimização e maior eficiência das ligações actuais, quanto do ponto de vista da preparação para o futuro.

Por fim, remata a coordenadora, “houve também espaço para reiterar a necessidade do Governo da República avançar com o novo modelo de Subsídio Social de Mobilidade, modelo esse que, tal como já foi expresso pela Região, deve ser menos burocrático e simplificado nos seus diferentes níveis, dispensar o adiantamento de valores e compatibilizar os interesses das companhias que operam na rota”.