Fixar preços para combater emergência alimentar
Em tempos de aumento das desigualdades sociais, exige-se aos governos a tomada de medidas concretas que vão no sentido de garantir a satisfação das necessidades básicas de todas as pessoas. Os aumentos de preços dos bens de primeira necessidade, sem que exista, qualquer redução do IVA, ou outro tipo de medidas, que proteja os consumidores da especulação de preços, é incompreensível. Com o aumento da pobreza, por via da carestia dos produtos e serviços, urge exigir dos governos a fixação de preços do cabaz essencial, constituído por produtos alimentares taxados à taxa mínima do IVA. Esta medida, além de outras que possam travar a especulação criminosa praticada pelas grandes superfícies, constituiria um passo essencial no sentido de garantir a satisfação das necessidades básicas de tantos concidadãos nossos que, a cada dia que passa, têm mais dificuldades em colocar a comida na mesa. Não contestando a importância da solidariedade de tantas pessoas e associações para com quem passa por enormes carências alimentares, é necessária coragem política para ir mais além no combate à emergência alimentar que já se vislumbra na nossa terra. E, quanto a isso, nada temos visto da parte dos governos do país e da Região.