Madeira

Bernardo Caldeira exige estabilidade na solução do Governo da República para a ligação aérea entre a Madeira e o Porto Santo

PSD Madeira
PSD Madeira

O deputado Bernardo Caldeira chamou, hoje, à atenção para a necessidade de salvaguardar as ligações aéreas entre a Madeira e o Porto Santo, em particular para a data do fim da prorrogação do último ajuste direto efetuado à Binter, que acontece a 24 de agosto, e para as consequências nefastas na mobilidade dos Porto-santenses e dos turistas, assim como na economia da ilha. 

O deputado falava no âmbito de uma reunião, na Assembleia da República, com a deputada Patrícia Dantas, eleita pela Madeira, com a coordenadora da Comissão de Economia do Grupo Parlamentar do PSD, Márcia Passos, e com o Vice-Presidente do Grupo Parlamentar para a área de economia, Paulo Rios de Oliveira, com o objetivo de pedir ao partido a nível nacional que mantenha o seu apoio a este tema, alertando, inclusive, para a dimensão deste problema, assim como para a urgência da sua resolução, sustentando que, sobre esta matéria, “nada podemos esperar do Partido Socialista da Madeira”.

Bernardo Caldeira recordou que o PSD já subscreveu, em São Bento, duas questões em audição parlamentar sobre esta temática, adiantando que, nesta altura, já não é possível fazer marcação de viagens a partir do dia 24 de agosto, sendo que esta data coincide com o pico da procura turística da Ilha do Porto Santo.

Uma situação que, conforme referiu, não só afeta a mobilidade dos Porto-santenses nas marcações de viagens pelos mais diversos motivos, quer sejam profissionais, por questões de saúde ou mesmo de lazer, como também está a condicionar a economia, em particular, os agentes de viagens, na procura turística, tendo repercussões em todo o tecido empresarial da Ilha.

“Não podemos correr o risco de voltar a acontecer o que sucedeu nas duas anteriores prorrogações, em que, por um largo período de tempo, as vendas estiveram bloqueadas até à véspera da data limite da prorrogação, sendo que nesta última estivemos impedidos de adquirir passagens durante quase um mês, o que é inadmissível”, sustentou.

O deputado sublinha que esta realidade vem em contraciclo com o esforço conjunto do Governo Regional, da Câmara Municipal do Porto Santo, e de todos os operadores turísticos para um esbatimento sucessivo da sazonalidade, não sendo “justo que a ação do Governo da República prejudique o trabalho que tem sido desenvolvido”. 

Bernardo Caldeira lembrou que a época alta hoje, felizmente, decorre entre os meses de abril e outubro, pelo que a impossibilidade de marcar viagens a partir de 24 de agosto, representa até ao final de outubro, a indisponibilidade de 9936 lugares por via aérea, coincidindo com um evento internacional de enorme importância, a Liga dos Campeões de Andebol de Praia, para além do Festival Colombo.

“É fácil perceber que um turista que não consegue, por não existir, marcar viagem para o Porto Santo, escolherá outro destino, prejudicando, desta forma, o Porto Santo e a sua economia”, acrescentou, exigindo que seja encontrada uma solução.