Madeira

"Ainda existem muitas desigualdades no que diz respeito às mulheres"

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Na véspera da celebração do Dia Internacional da Mulher, a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), que conta actualmente com cerca de 100 associadas, a associação destacou a importância de se continuar a celebrar este dia, sublinhando que, actualmente, ainda persistem muitas desigualdades de género.

Apesar de Portugal ter uma lei bastante evoluída, nós temos ainda muitas desigualdades no que diz respeito às mulheres. Temos a questão da desigualdade salarial. Em 2022, as mulheres ganharam menos 13,3% do que os homens para trabalho igual. Mas também há a questão na dificuldade nas subida das carreiras, na desigualdade na partilha das tarefas domésticas, na parentalidade e também a discriminação laboral que sofrem se quiserem ser mães. E claro, depois também temos a questão da violência doméstica, que é o culminar de tudo Joana Martins, coordenadora da UMAR

UMAR apela a medidas de coação mais fortes e mais gravosas para os agressores de violência doméstica

No Dia de Luto Nacional contra a Violência Doméstica, a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) apelou à existência de medidas de coação "mais fortes e mais gravosas" para os agressores de crimes de violência doméstica.

Ao longo do ano a associação tem desenvolvido diversos trabalhos sobre a questão dos Direitos das Mulheres com públicos alvo diversificados, mas sobretudo com jovens e crianças. Nesse sentido, a associação encontra-se actualmente recheada de vários trabalhos elaborados pelos alunos de vários estabelecimentos escolares da Região. "É assim que nós vamos lançando a informação e a sementinha para a importância de se assinalar este dia como um data que marca a luta por direitos humanos", frisou.

As crianças e jovens vão vendo cada vez mais o que se passa à nossa volta, com alguns retrocessos no mundo, como é aquilo que se passa no Irão e Afeganistão. Ou seja, está visível que a questão dos direitos não é uma coisa fixa e que não é algo que se mantém estável durante o tempo Joana Martins, coordenadora da UMAR

Por fim, a UMAR, na voz da sua coordenadora deixa o apelo para que as pessoas, sobretudo as mulheres. continuem sempre "vigilantes".

Estejam vigilantes. Percebam que este dia é um marco importante que deve ser sempre lembrado enquanto existir desigualdade entre mulheres e homens e direitos que estão a ser violados. Mas este dia também tem que ser lembrado pelas lutas das mulheres que nos antecederam e temos que estar vigilantes para que esses direitos conquistados não se percam Joana Martins, coordenadora da UMAR