Madeira

UMAR apela a medidas de coação mais fortes e mais gravosas para os agressores de violência doméstica

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No Dia de Luto Nacional contra a Violência Doméstica, a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) apelou à existência de medidas de coação "mais fortes e mais gravosas" para os agressores de crimes de violência doméstica.

A coordenadora da associação, Joana Martins, salientou que este ano já morreram três vítimas deste tipo de crimes e que no último ano os números apontam para 28 mulheres assassinadas em contexto de violência. 

O que verificamos a nível regional é que têm existido um aumento de solicitações de apoio, nomeadamente em casos de violação e assédio sexual de jovens, mulheres e de meninas também. Também pelo que assistimos dos relatórios que têm saído é que tem existido um aumento nas denúncias e no número de casos. Nós sentimos que são o reflexo dos anos de pandemia, porque devido aos confinamentos existia uma maior proximidade entre a vítima e o agressor e, consequentemente, uma maior dificuldade das vítimas pedirem ajuda e denunciarem Joana Martins, coordenadora da UMAR

Também pelo trabalho que é realizado pela associação nas escolas, através da prevenção primária da violência de género, Joana Martins afirma que é possível verificar "uma maior percepção dessa violência em casa". "Ou seja, os miúdos acabam por dar sinais quando vamos falando e quando vamos desenvolvendo actividades, sinais de sofrerem e assistirem a esse tipo de situações", frisou.

Nesse sentido, a UMAR salienta que existe também a necessidade de se elaborar um estudo e levantamento junto das famílias, de forma a se perceber como está a situação ao nível da violência doméstica.  "É algo que poderia ser feito com um questionário anónimo e fora dos outros relatórios oficiais que pegam em números de denúncias específicos, porque existem muitas pessoas que não denunciam e não pedem ajuda, ora porque têm vergonha de dar a cara ou porque têm medo de serem reconhecidas", frisou.