Estados Gerais do PS-M desapareceram?
“É já amanhã a II Convenção dos Estados Gerais do PS, que terá lugar a partir das 10h00, no Centro de Congressos da Madeira, subordinada à temática "Emprego e Rendimentos", com os oradores José Vieira da Silva, Ricardo Cabral, Ana Paula Bernardo, e Ricardo Freitas”. Este foi o último chamamento para os Estados Gerais dos socialistas. A 3 de Dezembro decorreu a iniciativa com presença do antigo ministro Vieira da Silva.
Desde então, ter-se-á perdido uma das bandeiras do Partido Socialista? Terá Sérgio Gonçalves abandonado a ideia dos Estados Gerais? O PS deixou de lado a recolha de contributos da sociedade civil e toda a massa crítica que no passado serviu para elaborar propostas para o programa de governo de Paulo Cafôfo aquando da sua candidatura às eleições Regionais de 2019? São algumas das questões que se escutam nos bastidores da política.
Social-democratas, centristas e até socialistas, mais agastados, estranham aquilo que chamam de perda de ‘gás’ da cúpula do PS-M, e toda a dinâmica colocada com a realização deste género de fórum. Para sabermos se assim é, só comparando. Uma espécie de 'tira-teimas', se preferir.
Em 2019, ano de eleições, Cafôfo já tinha uma convenção realizada. Foi a 12 de Janeiro. Realizou outras três em Abril e em Junho. Contas feitas: quatro acções desde 2018 a 2019, bem como outras iniciativas de menor dimensão, com temáticas mais específicas e que se realizaram em vários pontos da Região, uma delas inclusivamente na ilha do Porto Santo.
Com Sérgio Gonçalves a estratégia é quase idêntica. Já se realizaram duas convenções: a primeira no dia 17 de Setembro de 2022, no âmbito da qual foram debatidas as temáticas ‘Uma Economia com Autonomia e Futuro’ e ‘Políticas Públicas de Saúde’ e outra no dia 3 de Dezembro de 2022 subordinada ao tema ‘Emprego e Rendimentos’.
Portanto, o número de convenções realizadas em períodos homólogos dá vantagem a Sérgio Gonçalves.
A próxima, a terceira, segundo apuramos, será dentro em breve e decorrerá no Porto Santo subordinada ao Turismo. De resto, da Rua da Alfândega dizem-nos, em jeito de resposta, que a actividade do Partido Socialista não se resume à realização dos Estados Gerais.