Madeira

“Uma das alternativas para a alimentação saudável é a aquacultura”

Albuquerque reitera que a tendência é, gradualmente, expandir a aquacultura

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Por entender que o peixe produzido em aquacultura contribui para uma alimentação saudável e contribui para a salvaguarda dos ecossistemas marinhos, o presidente do Governo Regional corrobora que importa expandir as áreas destinadas à produção de peixe em cativeiro.

Foi à margem da visita à empresa Ilhapeixe que Miguel Albuquerque defendeu, ‘com unhas e dentes’, não apenas a produção, mas também a necessidade de reforçar a capacidade instalada no mar da Madeira, nomeadamente nas zonas do Caniçal e de Campanário.

Sustenta que não é por acaso que “a piscicultura é das indústrias que mais tem crescido no mundo”, para concluir que “como tudo o que é novo, cria resistências”, referindo-se aos opositores desta prática.

Assegura que “o peixe produzido em aquacultura não tem nenhum efeito nos ecossistemas” e “é um produto de excelente qualidade” para criticar o que diz ser “muita da guerra política que tem sido feita contra a instalação das jaulas, tentando manipular a opinião pública contra esta indústria”. Diz mesmo que “não tem fundamento” contestar “uma das formas de se proteger o ecossistema marinho”, antes de concluir que “uma das alternativas para a alimentação saudável das pessoas é exactamente a produção de peixe em aquacultura feito com as regras que estão determinadas pela União Europeia”, afirmou.

Convicto que a aquacultura “traz benefícios directos e indirectos”, a que se junta o facto desta indústria estar “a funcionar bem na Madeira”, cuja produção anual já rende 8,5 milhões de euros, esclarece que “a tendência é para fazermos gradualmente o aumento desta produção”.

Ressalva que “não vamos fazer contra a população”, já que será antecedido de “acções de esclarecimento” num processo para esclarecer e sensibilizar o público em geral.

De resto, devolve as críticas aos contestatários que invocam o impacto visual. “Basta ver algumas casas das criaturas que dizem que as jaulas tem impacto visual para perceber que é tudo demagogia política”, rebateu.

Quanto à notícia que faz manchete na edição impressa do DIÁRIO de Notícias da Madeira, que dá conta que a APRAM já contratou advogado para defender a Região em pedido de indemnização superior a 22 milhões de euros, reclamado pela empresa ‘Oceanprime’, que tinha autorização para instalar jaulas ao largo da Ponta do Sol, não se alongou em comentários.

“Isso é um processo que ainda vai correr”, começou por alegar, para concluir que “o que eles dizem, é uma coisa, a realidade vai ser outra”.