Rui Barreto admite ver com preocupação o aumento da inflação
Governante afirma que Governo Regional está a tentar minimizar efeitos da inflação
O secretário regional de Economia admite que é com natural preocupação que olha para o aumento da inflação, que acaba por não estar a ser acompanhado pelo aumento dos salários. No entanto, assume que o Governo Regional está a colocar em prática uma série de medidas que visam minimizar o efeito da subida da inflação junto das famílias e empresas.
À margem da abertura da IX Semana da Economia, a decorrer na Escola Secundária de Francisco Franco, Rui Barreto afirmou que "o Governo tem disponibilizado um conjunto de medidas, não para anular que isso é de facto uma utopia, mas para minimizar os seus efeitos. Quando o governo anuncia, por exemplo, apoios no âmbito do PROAGE ao complemento regional para idosos, para o programa para arrendamento e aquisição de habitação, para o 'Reequilibrar' para aquelas famílias que têm uma taxa de esforço no crédito de habitação ou para a reconstituição de reservas de cereais ou apoio à energia às empresas, nós estamos a minimizar os seus efeitos e esperar que de facto esta guerra e esta disrupção que existe se possa normalizar numa economia que é cada vez mais global, interdependente e que uma guerra na Europa com sanções com restrições ao comércio internacional causa, obviamente, efeitos negativos".
Questionado pelos jornalistas presentes sobre o aumento dos salários por parte da hotelaria, o governante assumiu que "algumas empresas do sector hoteleiro têm aumentado os salários acima da inflação e algumas empresas já têm o salário mínimo de 1.000 euros". "Os proveitos extraordinários que sectores de actividade estão a ter, também em benefício da conjuntura que está a existir, devem ser distribuídos também por aqueles que trabalham", referiu Rui Barreto.
Por outro lado, defendeu que o sector da construção civil, do imobiliário, e do real estate, é um sector muito relevante, que emprega muita gente na Região e que, aliás, "foi um sector, durante a pandemia que ajudou a minimizar os seus efeitos". "Tivemos um motor de base do turismo muito debilitado e há sectores da economia que estão a crescer e a ajudar", disse.
No entanto, frisou um factor que considera ser muito importante: "nós estamos a diversificar a nossa base económica, numa base transversal porque nós estamos a introduzir tecnologia e inovação em diversas áreas de actividade. Estamos a fazê-lo na educação com as salas do futuro, com os centros de investigação, com a introdução de tecnologia, com a robótica. Estamos a fazê-lo também na agricultura com a introdução da digitalização, de inovação e a criar novos investimentos. Estamos com uma economia com investimentos acertados".
Rui Barreto admitiu ainda que "esta não é uma guerra que nós quisemos. Esta não é a inflação que nós queríamos. É uma inflação importada. O que importa é que os governos respondam com os meios que dispõem positivamente e julgo que o temos feito".
Secretário na escola para falar de Economia e inovação
Neste Semana da Economia, promovida pela F. F., Rui Barreto esteve presente para falar sobre economia, mas também paraa importância da tecnologia. Neste evento participou ainda Paulo Portas.
"A indústria 4.0 da digitalização, da inteligência artificial, do machine learning, da economia circular é aquilo que é importante mostrar aos jovens que aqui estão, ao estudantes, o que é que a nossa Região está a fazer para adaptar-se à nova economia, a economia do conhecimento", disse. Também no turismo, a base da nossa economia, "vamos precisar de pessoas qualificadas ou de outras áreas que se adaptem para requalificar e também temos programas para isso para responder afirmativamente aos desafios do presente e do futuro".
Temos hoje infraestruturas que respondem na área das comunicações, na área da saúde onde há uma oferta beneficiada com mobilidade num valor importante que é a segurança. E temos condições para transformar a ilha da Madeira num verdadeiro living lab. O que é isto? Uma ilha onde as empresas podem fazer testagem, fazer prototipagem, podem registar patentes e podem desenvolver negócios a partir da Madeira para qualquer parte do mundo. Por isso o que é que nós precisamos? Investir como temos vindo a investir na inovação, captar e reter talentos, requalificar competências e criar as condições para que as novas gerações possam trabalhar vingar e desenvolver projectos a partir da Madeira. Rui Barreto, secretário regional da Economia