Será verdade que a Madeira tem o primeiro robot do país para intervir em incêndios em túneis?
Uma das novidades da exposição de meios que o Serviço Regional de Protecção Civil realizou, ontem, na Praça do Povo, foi um veículo de operação remota (ROV) com capacidade para combater fogos e intervir em acidentes em túneis e parques de estacionamento subterrâneos ou fechados. O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, apresentou aquele ‘robot’ como “o primeiro do país” na sua categoria. Será mesmo?
Ao longo dos anos as entidades públicas em Portugal já compraram diversos veículos do tipo ROV. O mais caro destes meios teve um custo de quase 292 mil euros (IVA incluído). Trata-se de um ROV de observação subaquática adquirido em Agosto de 2021 pela Marinha Portuguesa/Instituto Hidrográfico.
Também o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) comprou um pequeno ROV subaquático em Outubro de 2022. Teve um custo de 6.120 euros.
Mas na base de compras públicas em Portugal não encontrámos nenhuma aquisição de um veículo ROV com as características daquele que ontem esteve em exposição no Funchal. Pelo que se conclui que será o primeiro do género no nosso país.
Este novo ‘robot’, que representou um investimento público de 261 mil euros (IVA incluído) e foi fornecido pela empresa continental Extincêndios, foi concebido para operar em fogos em túneis e parques cobertos de estacionamento. Tem capacidade para entrar em espaços com muito fumo, remover obstáculos (como viaturas ligeiras) e atacar o fogo sem pôr em causa a integridade dos bombeiros e dos operacionais.