Madeira

Chega Madeira preocupado com as queixas na Escola Hoteleira

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Através de um comunicado enviado à redacção, o partido Chega Madeira revela preocupação relativamente às queixas feitas pelos alunos de São Tomé e Príncipe que estão a frequentar a Escola Profissional de Hotelaria e Turismo da Madeira (EPHTM), relativamente às condições de alojamento, de alimentação e os horários de formação de contexto de trabalho, numa altura em que a "hotelaria da Região Autónoma da Madeira está em franco crescimento e o próprio governo regional tão repetidamente divulga os prémios ganhos pela indústria turística local".

“Sabemos que estes problemas não são de agora e preocupa-nos não só o facto de terem sido ignorados pela direcção da escola, mas também o facto de a reacção imediata de quem tem o poder para resolver a situação ter sido de infantilizar os alunos e despoticamente exigir-lhes que voltassem às aulas”, referiu o líder do Chega Madeira, Miguel Castro, para quem tal só demonstrou uma atitude acusatória “sem sequer se interessar em apurar os factos”.

No comunicado, Miguel Castro observa que é "típico deste Governo Regional", reforçando que os jovens em causa "estão numa posição de ainda maior fragilidade, longe da família e do seu país, portanto não nos restam dúvidas de que a situação está a ser muito mal gerida".

O líder do partido refere que  "teme" que esta situação possa até causar um “conflito diplomático”, o que seria péssimo para a Madeira e para as relações entre Portugal e São Tomé e Príncipe.

Além disso, reforça que toda a polémica em torno dos cerca de 200 são-tomenses que estão matriculados na EPHTM não pode ser dissociada das ligações pouco transparentes que existem entre aquela instituição de formação e certos grupos hoteleiros.

É claro, e do conhecimento público, que existe promiscuidade entre a formação que é dada aos alunos em contexto de trabalho, e os interesses de certos agentes do sector hoteleiro por mão de obra a custo zero Miguel Castro, líder do Chega Madeira

Acrescenta que “este facto prejudica a escola, pois afecta a qualidade da experiência que tem a obrigação de providenciar aos seus alunos, criando também dinâmicas perniciosas no mercado de trabalho, alimentando a precariedade e envolvendo a EPHTM numa aura preocupante de dúvidas e suspeitas”.

Para o Chega Madeira, a conduta do Secretário Regional da Educação justifica especial censura porque constitui um" lamentável escamotear de responsabilidades" que lhe cabem assumir.

O Secretário Regional da Educação não se pode remeter ao silêncio ou esconder atrás da Inspecção Educativa. De um líder governativo espera-se que faça isso mesmo, ou seja, que lidere, e não que passe para os outros o dever de prestar os necessários e devidos esclarecimentos, ainda mais num caso que está a receber a atenção do Governo de São Tomé e Príncipe e que inclui protocolos de cooperação financiados pelo Fundo Social Europeu Miguel Castro, líder do Chega Madeira.

"É esta a imagem que queremos transmitir aos nossos parceiros? É esta falta de credibilidade e de humanismo que nos serve, como região Turística?”, questiona, por fim, o líder do Chega Madeira.