Madeira

Propostas da Coligação Confiança "esbarraram na recusa do actual executivo"

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“O Funchal está numa bandalheira”, dizia uma munícipe à saída da última reunião do executivo municipal no mês de Março que foi aberta à inscrição do público. Pelo avolumar de situações de reclamações de pessoas, individuais e colectivas, que acorrem à edilidade à procura de soluções e que vêem sistematicamente as suas pretensões frustradas, a equipa da Confiança constata que a Câmara Municipal do Funchal está actualmente sem rumo e sem capacidade de resposta às necessidades dos funchalenses, referem, em comunicado de imprensa enviado esta tarde.

Na reunião de câmara desta semana, foram vários os assuntos de munícipes que, apesar de inscritos, esbarraram na recusa do actual executivo em envidar esforços para a sua resolução, num recorrente descartar de responsabilidades, encaminhando os reclamantes a apresentar queixas na PSP, a instaurar processos nos tribunais, a promover discussões com a vizinhança ou até a pedir pareceres a outras entidades públicas. Tudo serve de desculpa para não atender às necessidades dos munícipes, que desesperam por soluções nas áreas do licenciamento urbanístico, gestão da mobilidade e fiscalização.

Situações que, continuam, vêm acrescer às crescentes reclamações pelos cortes e atrasos no pagamentos de vários programas de apoios sociais como o Subsídio Municipal ao Arrendamento e a Comparticipação Municipal de Medicamentos.

“Há munícipes que diariamente nos abordam em aflição, como medo de serem despejados das casas onde moram, porque viram o apoio ao arrendamento reduzido sem compreenderem a justificação e estão na iminência entrar em situação de incumprimento no pagamento da renda. Outras pessoas perguntam-nos porque é que lhes cortaram o cartão de medicamentos, e algumas, padecendo de doenças crónicas, estão há 3 meses sem receber este importante apoio na área da saúde.”, refere a vereadora Micaela Camacho, porta-voz da Confiança para a área social. “É um Funchal sem rumo, onde presidente e vereadores passeiam-se vaidosamente entre festas e propaganda, enquanto os funchalenses sentem na pele o abandono a que a cidade está sujeita”, acusa a vereadora da Confiança.

Na curta ordem de trabalhos, o empreiteiro que está a executar os trabalhos de construção da ETAR desentendeu-se com a Câmara, apresentando uma reclamação pouco habitual, sintoma de que a incapacidade do executivo em dialogar também está a afligir os fornecedores. Esta reclamação discutida na reunião, tal como a proposta do executivo em recusar a atribuição de benefícios fiscais a um empreendimento na zona do Torreão, mereceram a abstenção dos vereadores da Confiança.

Ainda na Ordem de Trabalhos, a equipa da Confiança votou favoravelmente à atribuição de 41 mil euros em apoios financeiros ao abrigo do Regulamento ao Associativismo, concedidos a 8 entidades que desenvolvem actividades no âmbito educativo.