Madeira

PSD Madeira quer incluir Regiões Autónomas no Programa Apoiar Freguesias da República

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O Grupo Parlamentar do PSD pretende que seja feita uma correcção do Programa Apoiar Freguesias, de modo a permitir que as juntas de freguesia das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores possam beneficiar da respectiva comparticipação financeira, nas mesmas condições que as freguesias do território continental.

O PSD associa-se, deste modo, à reivindicação das Juntas de Freguesia da Região, através de uma recomendação ao Governo da República, feita em projecto de resolução, entregue na Assembleia Legislativa da Madeira.

Em nota emitida, o Grupo Parlamentar lembra que o apoio foi criado para o financiamento das despesas públicas de emergência realizadas pelas freguesias para conter e limitar a pandemia da doença covid-19 no ano de 2020, tendo como beneficiários as freguesias portuguesas do território continental, deixando de fora as freguesias da Madeira e dos Açores.

“Como é sabido, o financiamento público dos municípios e freguesias das Regiões Autónomas é assegurado pelo Orçamento do Estado, através de – entre outros – o Fundo de Equilíbrio Financeiro, o Fundo Social Municipal e o Fundo Financiamento Freguesias”, lembra o Grupo Parlamentar Social-democrata, salientando que “essa responsabilidade resulta da Constituição da República Portuguesa, da aplicação do regime financeiro das autarquias locais e das entidades intermunicipais e dos estatutos político-administrativos”.

Aliás, realça o PSD, “se dúvidas houvesse quanto à responsabilidade do Estado no financiamento das autarquias locais, em 2021, o Governo da República, através do Fundo de Solidariedade da União Europeia atribuiu 57 milhões de euros aos municípios, sem distinção entre os continentais e os insulares, para compensar os custos com a pandemia da covid-19”, sendo, por isso, “absolutamente incompreensível” que afaste, agora, “as freguesias das Regiões Autónomas de um programa que tem por objetivo a compensação pela “prevenção, proteção e apoio à população e, em especial, aos grupos mais vulneráveis”.

Para os social-democratas, a decisão, “além de atentatória da autonomia financeira do poder local”, constitui “uma discriminação vergonhosa das freguesias das Regiões Autónomas, repetidamente tratadas pelo Estado como entidades de segunda categoria” e lança “ao abandono e à incerteza milhares de fregueses, na medida em que as instituições públicas que lhes estão mais próximas - as juntas de freguesia – têm a sua sustentabilidade financeira cada vez mais posta em causa”.