Pelo menos 9 militares colombianos morrem em ataque atribuído à guerrilha do ELN
Pelo menos nove militares do Exército colombiano morreram e oito ficaram feridos hoje após um ataque atribuído pelas autoridades aos guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN), na região de Catatumbo, no nordeste do país, segundo fontes militares.
O ataque foi perpetrado em Guamalito, uma localidade do município de El Carmen, no departamento de Norte de Santander, contra soldados do batalhão especial de energia e rodovias nº 10, de acordo com informações do Exército colombiano.
Os militares foram emboscados com explosivos e tiros de espingarda e entre os mortos estão dois oficiais subalternos e sete soldados, declarou o Presidente colombiano, Gustavo Petro.
"Repúdio total ao ataque ao pelotão do Exército em Catatumbo, sete militares que prestavam serviço militar e dois oficiais subalternos, militares da nação e do Governo da mudança, assassinados por aqueles que hoje estão absolutamente afastados da paz e do povo", declarou o Presidente na rede social Twitter.
Os primeiros indícios apontam para que o ataque tenha sido perpetrado pela guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN), que é particularmente forte na zona de Catatumbo e com quem o Governo mantém negociações de paz.
"Estes eventos não contribuem para alcançar a paz pela qual o povo do Norte de Santander tanto trabalhou", disse no Twitter o governador daquele departamento.
Em Catatumbo - que abrange uma dezena de municípios do Norte de Santander e é uma das regiões com mais plantações de coca da Colômbia -, opera a 33ª frente de dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), sendo ainda reduto do Exército Popular de Libertação (EPL) e também de gangues criminosos.
O Exército informou que o seu comandante, General Luis Mauricio Ospina, viajou para a zona para liderar as operações.
O ministro da Defesa colombiano, Iván Velásquez, vai pronunciar-se ainda hoje sobre o ataque, o mais grave contra o Exército desde o início das conversações de paz com o ELN, que estão a ter lugar em Caracas, Cidade do México e Havana.