Turismo Madeira

Governo Regional alerta República para constrangimentos decorrentes da greve do SEF

Paralisação confirmada para o período da Páscoa pode afectar quase uma centena de voos Não Schengen no Aeroporto da Madeira

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O Secretário Regional de Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, enviou, esta quarta-feira, uma missiva ao Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro a alertar para os constrangimentos que poderão decorrer da greve dos inspetores e administrativos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), confirmada para o período da Páscoa, dias 5 a 10 de Abril.

No ofício enviado, Eduardo Jesus recorda que acessibilidade externa na Região Autónoma da Madeira depende, única e exclusivamente, da fronteira aérea e marítima e, como tal, a anunciada paralisação assume particular preocupação.

“Esta inquietação surge agravada, pelo facto de, no período em questão, prever-se um grande afluxo de visitantes, desde turistas nacionais e estrangeiros a cidadãos residentes que a este Arquipélago retornam no período de pausa Pascal”, sublinha.

Com efeito, nos dias 5 a 10 de Abril, estão programadas 48 frequências Não Schengen no Aeroporto Internacional da Madeira – Cristiano Ronaldo, correspondentes a 96 voos (ida e volta) e um total de 17.814 lugares disponíveis nas aeronaves, em ambos os sentidos de viagem.

A Região recorda que todos estes voos, com origem no Reino Unido, Irlanda e EUA, requerem controlo de fronteira, sendo a situação mais preocupante a que se prevê ocorrer na segunda-feira, dia 10 de abril, em que estão programadas 15 frequências Não Schengen correspondentes a 30 voos e um total de 5.640 lugares, considerando ambos os sentidos de viagem.

No ofício enviado, é ainda sublinhado ainda que os e-gates continuarem indisponíveis no Aeroporto Internacional da Madeira, o que tem agravado os tempos de espera para controlo de fronteira, depreciando a qualidade do serviço prestado ao passageiro na principal porta de entrada deste destino. Esta situação, associada ao cenário de greve, levará a tempos de espera elevados “que poderão colocar em causa da imagem de qualidade pela qual os vários agentes do setor turístico, incluindo a própria infra-estrutura aeroportuária, trabalham de forma árdua e contínua.”

A Secretaria Regional requer assim especial atenção e intervenção do ministro para que sejam tomadas medidas no sentido de minimizar quaisquer impactos decorrentes desta paralisação, “os quais, serão sempre mais elevados num espaço insular e num período de grande afluxo de passageiros, como é o da Páscoa”.