O regresso dos nunca foram
Nos meus tempos de jovem havia um filme intitulado “O regresso dos que nunca foram”.
Muito ríamos com a aparente contradição. Farto-me de rir agora que vejo uns dinossauros do PSD tentarem voltar à política ativa depois de terem levado um banho nas diretas do PSD, nem sequer passando à segunda volta e alguns tendo posto em causa, por várias vezes, o líder legitimado, Miguel Albuquerque. Disseram dele o que Maomé não disse do toucinho, andaram de braço dado a ver se o PS ganhava em 2019, mas agora mostram-se muito prestimosos para ocupar lugares depois das próximas eleições.
A bem dizer, esta gente nunca saiu de cena e sempre procurou manobrar a seu belo prazer e consoante os seus interesses pessoais ou daqueles que servem. Subitamente, descobriram que a onda está a favor da coligação PSD/CDS e que o PS e as esquerdas não têm hipóteses. Então, ao contrário de 2019 onde não fizeram campanha pelo seu partido e até aconselharam o voto em segredo no adversário, resolvem alinhar pelo que está a dar a ver se conseguem, de novo, uma posição, ou um cargo. Há quem não tenha vergonha.
A nossa sorte é que o Dr. Miguel Albuquerque não tem pestana curta e deve ter boa memória porque sabe que na próxima esquina, quando alguma coisa correr mal, lá estarão eles de facas afiadas para se vingarem. Eles só esperam para fazer o mesmo que o tal das “obras inventadas”.
Ricardo Costa