Se há coisa em que os jogadores do Marítimo não se podem queixar é do apoio dos seus adeptos e massa associativa.

Face aos miseráveis resultados e exibições da equipa pensamos que, poucas seriam as equipas, a jogar desta maneira, que contassem com o apoio dos sócios e adeptos como está a acontecer com o Marítimo dentro de “casa” e a largas centenas de quilómetros da Madeira.

E já não pode haver “paninhos quentes “ perante o comportamento de uma equipa que anda a envergonhar o clube e a Região semana após semana e desde o princípio da época.

O único jogo em que o apoio da massa associativa e adepta talvez ficasse aquém do esperado, foi no jogo com o Benfica.

Mas há uma profunda justificação para isso.

Talvez não exageramos se dissermos que, a esmagadora maioria da massa associativa e adepta do Marítimo é adepta também do Benfica.

E o jogo Marítimo – Benfica estava a ser disputado entre uma equipa que joga para ser CAMPEÃ e outra que JOGA PARA DESCER DE DIVISÃO. Repetimos, PARA DESCER DE DIVISÃO!

Não vamos dizer que é de propósito, que treinadores e jogadores o desejam, mas a verdade é que desde o princípio da época até a data deste escrito a equipa do Marítimo, ou por desacerto ou incompetência não tem jogado para ter uma boa classificação na 1ª liga.

E isso, provavelmente, pesou na opção dos “maritimistas/benfiquistas” presentes no estádio. Não fossem eles prejudicar o Benfica, (que joga para ser campeão) para apoiar um Marítimo que poderia ganhar aquele jogo e perder logo a seguir com o próximo adversário, aliás, como veria a acontecer com o Casa Pia, mercê de um ato irresponsável de um dos jogadores.

Para além no estádio estarem adeptos de outros clubes madeirenses e que são do Benfica.

Logo as peripécias que aconteceram nesse jogo, quer envolvam a policia ou adeptos anónimos, são coisas secundárias.

O Marítimo mais uma vez, infelizmente, perdeu e nada fez ao menos para pontuar.

Contudo, antes de fechar este episódio, convém referir que o Benfica já perdeu na Madeira e nessa altura os mesmos “Maritimistas /Benfiquistas” apoiaram maciçamente o seu clube regional, porque viam a equipa do Marítimo com outra atitude, com outros objetivos, com outra determinação.

Bom, mas vamos fazer o possível de esquecer o que foi esta época até agora e pensar que ainda é possível salvar o clube da descida de divisão.

Para isso não pode haver lugar a mais desculpas, a mais desaires, a mais lapsos, a mais faltas de concentração, a mais expulsões, a mais precipitações e, pelo contrário, existir uma entrega total ao jogo, uma noção de quando se deve ter a bola e quando a devemos entregar ao colega melhor colocado e haver mais entreajuda, mais clarividência, em resumo, mais “tudo” o que tem faltado nestes jogos.

Que esta semana de “paragem “ seja aproveitada para “afinar a máquina” em todos os capítulos, pois o Marítimo e a sua massa associativa e adepta merecem.

É bom que todos se capacitem que, hoje, manter uma equipa de futebol não é com “meio pão- com molho” como em décadas passadas, nem o Marítimo é uma Instituição de caridade.

Juvenal Pereira