Dinis Ramos critica falta de apoio na área da saúde Mental no Ensino Superior
Críticas dirigidas ao Governo da República
O deputado à Assembleia da República Dinis Ramos criticou, ontem, o papel do Governo da República em matéria de Saúde Mental no Ensino Superior. O social-democrata frisou que existe, nesta área, uma efetiva carência de meios humanos nestas Instituições, criticando a postura e a falta de ação do PS na matéria, mesmo quando o Governo da República não se cansa de afirmar que vai avançar com um Programa de Saúde Mental para o Ensino Superior.
“Seria importante que esta maioria parlamentar e o respetivo Governo que sustenta saíssem da bolha em que estão mergulhados para conhecer a realidade e para perceber que os graves problemas que afetam o nosso País não se compadecem com anúncios que, depois, não passam disso mesmo, para prejuízo de todos os Portugueses” afirmou o deputado que é também vice-presidente da JSD-Madeira.
Na sua intervenção, sublinhou que o programa de apoio à saúde mental "na prática, já foi anunciado três vezes no espaço de um ano – a primeira vez em Outubro passado, a segunda em Fevereiro e, a terceira, esta semana – sem que, todavia, algo tenha sido feito, mesmo que todos os dados apontem para a urgência da sua implementação”.
“Portugal é o segundo País da União Europeia com maior prevalência de doença mental, tanto na população adulta como na população jovem e o que é que o PS fez até agora, nestes últimos sete anos e, em particular, neste primeiro ano em que tem maioria?” questionou, a este propósito, o deputado Social-democrata eleito ao parlamento nacional, indicado pela JSD/M, dando conta de alguns números que permitem aferir o desequilíbrio entre a oferta e a procura nesta área.
“Só para citar alguns exemplos, aqui no continente português, o ISCTE tem 5 psicólogos para 13 mil alunos, 2 deles pagos pela Associação de Estudantes, a FDL tem 2 psicólogos para mais de 5 mil estudantes, dois pagos pela Associação de Estudantes e a Universidade do Minho tem 1 psicólogo para toda a comunidade académica, estudantes, docentes e pessoal não docente, um total de 23 mil pessoas”, disse, apelando a que sejam tomadas medidas com urgência nesta área, “em particular junto dos Estudantes que, perante um problema que é da maior gravidade, merecem muito mais do que meros anúncios”.