Madeira

'Sustentabilidade alimentar e Agricultura biológica' estiveram em destaque na F.F.

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A Escola Secundária de Francisco Franco acolheu uma palestra denominada 'Sustentabilidade alimentar e Agricultura biológica', proferida por Lénia Jardim e Rosa Gonçalves, da Divisão de Agricultura Biológica da Direção de Serviços de Desenvolvimento Agronómico. Esta foi uma iniciativa do Clube de Ecologia Barbusano em parceria com o CEF - Técnico de Controlo de Qualidade Alimentar.  

A palestra teve início com o esclarecimento, por parte da professora Elsa Araújo, do Clube de Ecologia Barbusano, do significado da sustentabilidade alimentar e a sua relação com a agricultura biológica. Neste sentido, explicou que a sustentabilidade alimentar pressupõe a produção de alimentos com o respeito pelo meio ambiente, assegurando o equilíbrio dos ecossistemas e a preservação da biodiversidade. Implica também a garantia do bem-estar animal, não infligindo sofrimento desnecessário aos animais. É, de igual forma, importante para a saúde dos consumidores, na medida em que assegura o consumo de alimentos isentos de químicos e de outras substâncias nocivas. Além do referido, assegura a justiça social, garantindo que os produtores sejam remunerados justamente.

A engenheira Lénia Jardim elucidou sobre os métodos e os produtos utilizados na pecuária intensiva que não respeitam o bem-estar animal. Para além disso, na agricultura intensiva os trabalhadores expõem-se a substâncias que poderão ser prejudiciais. Apresentou, ainda, um conjunto de situações reveladoras dos impactos associados a este modo de produção, como: a poluição dos solos; dos aquíferos e das linhas de água (com a consequente perda de biodiversidade); a contaminação dos produtos agrícolas e de origem animal.

Já Rosa Gonçalves deu a conhecer as várias técnicas utilizadas na agricultura biológica em termos de fertilização, controlo de infestantes e de pragas, assim como de doenças. Informou que não é permitido o uso de fertilizantes químicos neste modo de produção, pelo que se adoptam métodos naturais, como a compostagem, adubos verdes (leguminosas, por exemplo), rotação de culturas, consociação, entre outros.