EUA recusa remover Cuba da lista negra norte-americana de apoio ao terrorismo
Os Estados Unidos não estão dispostos a retirar Cuba da lista negra de países que apoiam o terrorismo, afirmou quinta-feira o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken.
"Não planeamos removê-los da lista", respondeu numa audiência no Comité de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, dominada pelos republicanos, e insistiu que, "claramente, não" vai ser removida Cuba.
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acabou com a política de abertura a Cuba iniciada pelo antecessor, Barack Obama, colocando o país, em janeiro de 2021, de volta à lista negra norte-americana.
Ao chegar à Casa Branca em 2021, o presidente Joe Biden prometeu rever a política dos EUA em relação a Cuba, mas a sua retórica endureceu após os protestos antigovernamentais na ilha em julho de 2021.
Além da lista de apoio ao terrorismo, Cuba aparece noutra lista de países que atentam contra a liberdade religiosa.
Apesar disso, os dois países retomaram as discussões sobre questões de criminalidade internacional e migração, e uma delegação norte-americana visitou recentemente Cuba.
A Embaixada dos Estados Unidos em Havana retomou no início de janeiro a emissão integral de vistos para os cubanos que desejam se estabelecer nos Estados Unidos.
Mas não está ainda na ordem do dia uma "normalização" das relações com a ilha comunista.