Parlamento turco dá primeiro passo para adesão da Finlândia
Uma comissão parlamentar turca deu hoje a aprovação inicial à adesão da Finlândia à NATO, depois de o Presidente Recep Tayyip Erdogan ter dado "luz verde" para o processo, noticiou a imprensa local.
A adesão da Finlândia foi aprovada pela comissão de Negócios Estrangeiros do parlamento, de acordo com o Daily Sabah, citado pela agência espanhola Europa Press.
"A Assembleia Geral do Parlamento turco ainda precisa de aprovar o projeto de lei para que a Finlândia se torne membro do bloco militar", escreveu o jornal.
A Suécia ainda aguarda pela aprovação da Turquia, que fez depender o seu acordo à adesão à NATO de alterações na política de apoio ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que Ancara considera como uma organização terrorista.
Além da Turquia, a Hungria também ainda não ratificou a adesão da Suécia entre os 30 membros da NATO (sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte).
O ministro-adjunto dos Negócios Estrangeiros turco, Burak Akçapar, lembrou à comissão parlamentar que Suécia e Finlândia assinaram um acordo com a Turquia, em junho de 2022, em que assumiram dois compromissos para Ancara aceitar a adesão.
"Um é o apoio à luta da Turquia contra o terrorismo. Em segundo lugar, a eliminação das restrições impostas ao nosso país em matéria de produtos da indústria de defesa", disse Akçapar, citado pela agência turca Anadolu.
Sem se referir à Suécia, Akçapar referiu que a adesão da Finlândia à NATO é o resultado da guerra na Ucrânia, que disse ter abalado profundamente a segurança da região euro-atlântica.
A atual guerra na Ucrânia, iniciada com a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, levou os dois países nórdicos a abandonar a política tradicional de não alinhamento pela adesão à NATO.
A Suécia e a Finlândia apresentaram os pedidos de adesão ao mesmo tempo, mas presume-se agora que a Finlândia estará um passo à frente.
Erdogan deu "luz verde" na semana passada para completar o processo de ratificação da adesão da Finlândia à NATO após meses de atraso, principalmente devido à Suécia, que Ancara acusou de não colaborar na perseguição de grupos curdos.