Elogiar em público, repreender em privado
Um caso recente, público - que nem vou especificar, senão estaria a ir contra a minha própria cartilha - mostra mais uma vez, que mesmo aqueles que vivem sob duras regras, são por vezes os primeiros a dar o mau exemplo. E exemplo (bom), é algo que cada vez mais precisamos na nossa sociedade. Isto se queremos realmente ter um mundo melhor (mais justo e democrático) e onde se quer transmitir esses mesmos valores, aos mais jovens.
Recorrer do costume pela negativa, por querer se afirmar perante outros (até ante si próprio), ou seja por pressão, para "mostrar autoridade" na linha hierárquica (acima ou abaixo), não dignifica nem faz jus ao verdadeiro papel de uma reprimenda ou correção, que é afinal de contas, todos saírem melhores.
Todos merecemos o perdão - mesmo os que repreendem em público, até recorrendo a câmeras de tv e microfones - mas, não esqueçamos que: "o exemplo vem de cima" e que devemos chamar à atenção, apenas àquilo que merece ser chamado à atenção!
Portanto, diz o "manual dos bons costumes": se acha que deve repreender alguém, faça-o, mas em privado e com alguma dignidade.
Ninguém é perfeito, todos erramos aqui ou ali - claro que "errar é humano, insistir no erro já é burrice", mas... ainda assim, é continuar a ser humano - todos temos "os nossos maus dias". Acima de tudo, não esqueça também de elogiar o que, e quem merece ser elogiado.
Uma nota final: grandes reprimendas, nascem por falta de pequenas reprimendas; grandes elogios não chegam a nascer, por falta de pequenos elogios.
Duarte Sousa Melim