Madeira

"Houve um sem número de peripécias para inviabilizar essa operação" ferry do ARMAS

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Rui Caetano, nas suas primeiras perguntas a Sérgio Marques, lembrou o percurso do antigo governante, para recusar que as suas palavras fossem mera “conversa de café”. “São factos”, vincou o deputado do PS.

O deputado também quis saber se os governantes, que substituíram Sérgio Marques, estão a servir o senhor Avelino, como o antigo Governante disse que o empresário estava habituado.

Sérgio Marques continuou a afirmar: “Nas afirmações que fiz, não houve um facto que fosse.” Foi tudo, garante, “meras opiniões”.

“Não queira fazer de opiniões o que elas não são”, disse para Rui Caetano.

Sérgio Gonçalves voltou à palavra para fazer notar que o que está em causa na Comissão de Inquérito são as governações anteriores e não a actuação futura do PS, quando tiver responsabilidade pelo Governo da Região.

Há ou não pressões, há ou não favorecimentos, insistiu Sérgio Gonçalves, que havia falado da taxa de utilização do porto.

Sérgio Gonçalves disse que essa é uma posição lateral. A grande questão é se deve ou não ser uma concessão de serviço público.

Sobre o favorecimento, Sérgio Marques diz que pode não haver um favorecimento subjectivo, mas que, por exemplo, a operação portuária consubstancia uma favorecimento objectivo.

Sérgio Marques lembrou o ferry entre o continente e a Madeira, que funcionou “lindamente” e “nós Região, não criámos condições para que ele se mantivesse. Foi uma grande perda para a Região (…). Houve um sem número de peripécias para inviabilizar essa operação (…). Não fizemos tudo o que necessitávamos para segurar essa linha, que era de grande importância para Região”.

Sérgio Marques, que se nota ter acompanhados as inquirições dos seus dois predecessores, questionou por que houve tanta reacção dos armadores contra a Naviera Armas: providências cautelares, navio ao largo, os contentores acompanhados pelos tractores durante toada viagem, “enfim, uma série de situações que fizeram a empresa Naviera Armas abandonar a operação”.