Madeira

“Em nenhum caso se tratou de pagar obras não realizadas”

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Ana Cristina Monteiro (CDS) questionou se as declarações de Sérgio Marques forma “conversa de café”. O antigo deputado não quer falar mais desse aspecto, porque assume tudo o que foi dito.

Ricardo Lume voltou a usar da palavra para questionar se, quando do afastamento de Sérgio Marques, lhe foi referido que ia perder as obras públicas. O antigo governante respondeu que a conversa não chegou a esse ponto.

Perante a resposta, o deputado do PCP quis saber o fundamento de Marques ter dito ter sido afastado por Jardim e Avelino Farinha. “Há muitas formas de afastar as pessoas.”

Sérgio Marques disse ter sentido que fazia “alguma espécie” a Avelino Farinha, que fosse tratado como qualquer outra empresa.

Sérgio Marques não consegue dizer, sem reflexão, se alguma das obras que foram para a frente seriam das tais de “obras inventadas”.

O deputado do PCP pergunta se, depois de 2017, voltou a haver alguma relação de favorecimento das empresas, nomeadamente da AF, ao poder político. Sérgio Marques apenas quis responder que, enquanto secretário, não discriminou qualquer empresa, dando “igualdade de oportunidades”.

No meio das respostas, Sérgio Marques deixou um rasgado elogio a Rui Gonçalves, pelo “trabalho notável”, que fez.

De seguida, voltou a intervir Brício Araújo. O deputado trouxe ao inquérito os entendimento extrajudiciais com as construtoras, nomeadamente m coma AFAVIAS, iniciado em 2015, que levou a um entendimento em Março de 2017. “Tem conhecimento desse processo, acompanhou o processo negocial (…), houve pagamento por trabalhos não realizados (…), houve prejuízo ou benefício para a Região?”

Sérgio Marques diz que teve conhecimento, mas foi tratado pelas Finanças, por ser um processo sobre juros de mora. Foi um processo que decorreu com todas as empresas de construção civil, que tinham recebimentos em atraso.

“Houve um processo negocial muito intenso (….). Acompanhei pelo reporte que o dr. Rui Gonçalves fazia”.

Quase todas as empresas aceitaram entendimento. Apenas dois grupos não aceitaram e foram para tribunal, mas acabaram com transações judiciais. Todos acabaram com claras vantagens financeiras para a Região, com mérito de Rui Gonçalves. “Em nenhum caso se tratou de pagar obras não realizadas (…). Estamos apenas a falar de juros.”