“Dourada da Madeira tem qualidade excepcional”
Presidente da Associação Portuguesa de Aquacultores na abertura das III Jornadas de Aquacultura
A “emergência” da aquacultura implica “aumentar substancialmente a produção nesta actividade”, que é “sustentável e que não tem tanto impacto, como se diz, nos ecossistemas e no ambiente”, salientou Isidro Blanquet, o presidente da Associação Portuguesa de Aquacultores, na sessão de abertura das III Jornadas de Aquacultura, a decorrer em unidade hoteleira do Funchal.
O último dos cinco oradores mostra-se “optimista” quanto ao futuro e tece resgados elogios à produção regional, para quem “a dourada da Madeira tem uma qualidade excepcional”.
Com três décadas de experiência no sector, desde o tempo das primeiras jaulas colocadas, há 30 anos, em Peniche, refere que actualmente existem 12 empresas no terreno, “empresas que estão na vanguarda”, fruto também da evolução do conhecimento científico, que garante ser “imenso”.
Assegura que a Região e o País têm “condições excelentes” para colocar a actividade “na vanguarda da produção animal”, mas para isso importa que “se dê a importância que é devida” a este ramo da Zootecnia. A começar pela necessidade de se “agilizar licenciamentos". Para isso também importa mudar mentalidades. “Temos que perceber que o País não é um museu da Natureza, mas é um País dinâmico” afirmou, para concluir que a aquacultura pode e deve estar “inserida nesse ecossistema”.
Da Comissão Científica, Carlos Andrade e Paulo Rema sustentaram que o tema Aquacultura é “da maior relevância para este país, país que há muito desistiu da produção privada”. “País com uma produção de aquacultura tão baixa”, apesar do “potencial enorme” para “colocar a aquacultura na frente”, salientou o primeiro.
Ideias partilhadas pelo colega, que destacou os assuntos em debate nestes dois dias – hoje e amanhã – das Jornadas de Aquacultura: “São da maior importância para toda a gente”.
Ouviu-se também André Almeida, representantes da APEZ- Associação Portuguesa de Engenharia Zootécnica, elogiar o potencial da Madeira, “das zonas mais importantes no panorama da aquacultura portuguesa”, assegura.