Madeira tem margem para crescer com oferta hoteleira já instalada
Eduardo Jesus prefere valor à quantidade
As dormidas na hotelaria madeirense em 2022 representaram 61% da ocupação, o que significa que há uma margem de crescimento significativa sem que seja necessário aumentar o número de camas disponíveis. Isto porque a “Madeira tem um compromisso claro para que não se deixe embalar pelo crescimento descontrolado da oferta hoteleira”.
Uma ideia salientada pelo secretário regional de Turismo e Cultura e presidente da Associação de Promoção, Eduardo Jesus, durante o pequeno-almoço de hoje com os jornalistas no âmbito da participação da Madeira na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL). Oportunidade para o governante relembrar que na estratégia até 2027 e no Plano de Ordenamento do Turismo a Região só vai aprovar novos hotéis até 80 quartos e 160 camas para que “o ‘boom’ da oferta de camas verificado nos anos 90, devido à facilidade de investimento e de financiamento que provinha dos fundos comunitários, não volte a desequilibrar o mercado em termos de valor”.
“A nossa estratégia passa por salvaguardar o valor do sector para que as empresas possam retribuir melhor aos seus colaboradores e possam ter investimento permanente na manutenção e modernização dos equipamentos que hoje têm maior utilização e desgaste”, refere Eduardo Jesus, salvaguardando ainda que se o alojamento local crescer mais de 3% ao ano os limites máximos serão revistos.
Entende que até 2027 a Madeira não pode ter mais de 40 mil camas no alojamento tradicional. Actualmente tem neste segmento 34 mil camas, a que acrescem as 23 mil camas no alojamento local.
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