Deputado do PSD-M Carlos Fernandes lamenta caos que se verifica há anos nos consulados
Social-democrata relembra preocupações dos emigrantes madeirenses
O Grupo Parlamentar do PSD-M participou, através do deputado Carlos Fernandes, na sessão de encerramento da reunião do Conselho Regional das Comunidades Portuguesas na Europa, que decorreu no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa.
PSD-Madeira participa no Conselho Regional das Comunidades Portuguesas na Europa
Carlos Fernandes representará o grupo parlamentar dos social-democratas madeirenses
Nesta iniciativa, o deputado destacou o papel dos conselheiros junto das comunidades portugueses, neste caso da Europa, lembrando que são estas personalidades, em muitas situações, as primeiros a serem contactadas pelos emigrantes.
“É importante e fundamental que seja reconhecido este papel”, afirmou Carlos Fernandes, felicitando os participantes no Conselho Regional pelo trabalho desenvolvido ao longo dos três dias de reunião e também por tudo aquilo que tem sido realizado ao longo dos anos.
"É um Conselho que também tem tido muita coragem para denunciar o caos que se passa nos consulados espalhados na Europa", sublinhou, lembrando que "o Governo da República prometeu resolver esta situação, mas ela só tem vindo a agravar-se ao longo dos mandatos liderados pelo Partido Socialista, tendo já mesmo sido anunciada uma greve na rede consular portuguesa, o que considerou "lamentável". É um problema que se arrasta há anos e que não tem tido nenhuma solução.
Citado pelo PSD, na intervenção que realizou no Conselho Regional das Comunidades Portuguesas na Europa, Carlos Fernandes manifestou também a sua preocupação relativamente à falta de ligações aéreas entre a Madeira e as comunidades madeirenses, referindo que não existe, atualmente, por parte da TAP, nenhuma ligação com as nossas comunidades nem na Europa nem fora da Europa, quando o Estado já “derramou tanto dinheiro” nesta companhia de bandeira nacional, sendo uma das razões para tal a garantia das ligações com as comunidades.
O deputado abordou ainda a questão do programa Regressar que exclui os emigrantes que voltem de qualquer parte do mundo para as regiões autónomas no que diz respeito à componente do emprego, assim como a dificuldade que os portugueses sentem em tratar da sua documentação nos consulados dos países de acolhimento, optando muitas vezes por fazê-lo de férias em Portugal.
A falta de solução viável para o voto no estrangeiro foi outra situação referida por Carlos Fernandes, lembrando a polémica da repetição da votação no Círculo da Europa nas últimas eleições para a Assembleia da República e a dificuldade que os emigrantes sentem em participar na escolha dos seus representantes no seu país de origem.