Cabo Cifrão
Já iniciei esta conversa noutro texto. Quando se fez a obra do miradouro do Cabo Girão pretendíamos que as entradas fossem pagas. Era uma fase que queríamos começar fazendo com que o utilizador/pagador acabasse por contribuir para a manutenção dos equipamentos. E, para aplicar-se noutros casos, ajudando a garantir melhores condições quanto à segurança, promovendo negócios que a jusante e a montante se poderiam fazer designadamente nas levadas sempre perigosas e que tantos problemas já causaram a turistas inadvertidos.
Os que nos visitam, salvo em Santa Cruz, não pagam taxa turística. Logo faz sentido este outro caminho. Não quer usar, não paga, mas se utilizar, tem um encargo. É assim por todo o mundo. Com a devida distância, não compram bilhete para visitar a Torre Eiffel? Para andar de esqui não têm de desembolsar quantias consideráveis? Ou levam esquis daqui? Mais perto, na vizinha Canárias até cheguei a ver uma bananal com preços para os visitantes.
Estranho é que, quiçá os menos viajados pelo mundo, maldigam uma hipótese que é comum, percorre continentes e pratica-se por todo o lado.
Na altura, não se pôde concretizar a intenção porque o investimento contou com fundos comunitários. Teriam de passar 5 anos. Hoje, decorrido esse prazo, já foi possível fazê-lo. O governo decidiu e fê-lo bem.
Nos primeiros 2 dias a experiência rendeu mais de 5 mil €. Façamos então contas simples. 365 dias corresponde a 912,5 mil €.
Quanto custou a obra? Cerca de 2,5 milhões. Logo, nem são precisos 3 anos para rentabilizar o investimento. Em pouco tempo não só se obtém receita para a manutenção como se paga a obra.
Alguém quer dizer mal? Que diga, mas não tem razão.