País

Verdes criticam pacote anunciado e defendem controlo das rendas

None
Foto Global Imagens

O Partido Ecologista Os Verdes (PEV) criticou hoje o Governo por dar "uma gota de água a quem morre de sede" no pacote anunciado para a habitação e defendeu ser preciso controlar as rendas e os despejos.

O aumento do custo de vida, o pacote da habitação anunciado pelo Governo, o Serviço Nacional de Saúde (SNS), a educação e o ambiente foram alguns dos temas hoje discutidos no Conselho Nacional do PEV, partido que perdeu representação parlamentar nas eleições legislativas de 2022.

Em comunicado, o PEV afirma que a "tolerância" do Governo com os setores de distribuição alimentar e energético está a "empurrar milhares de pensionistas, reformados e famílias portuguesas para a pobreza".

"Não será com o 'mandar areia para os olhos' dos portugueses com placebos, como o 'selo de boas práticas' ou com operações pontuais e tardias da ASAE, que um problema tão grave e com esta dimensão se irá resolver", defende o partido, que critica também o Governo por, no pacote anunciado para a habitação, dar "uma gota de água a quem morre de sede".

O PEV defende por isso o aumento das pensões, reformas e salários, o tabelamento dos bens alimentares, um apoio "efetivo" à produção agrícola, o controlo das rendas, o fim dos despejos, a recuperação dos imóveis devolutos do Estado e a colocação de um travão no 'spread' dos empréstimos bancários.

Na área da saúde, o PV defende a necessidade de "criar condições para reter os médicos e enfermeiros" no SNS, dizendo ser "imperioso" revisitar as carreiras, contratar mais profissionais e criar "condições dignas de trabalho".

Manifestando "solidariedade com a luta dos professores", o PEV reafirma a necessidade de "um urgente investimento" na área da educação, e que este seja "encarado como um efetivo investimento e não como uma despesa".

Já quanto ao ambiente, os Verdes denunciam a "hipocrisia e falsidade" do Governo que, dizem, "enquanto preenche todos os seus discursos com o ambiente, desencadeia um dos maiores ataques ao ambiente de que há memória", dando como exemplo o desmembramento do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e a entrega desta competência às Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) ou a aprovação do segundo Simplex.

"Os Verdes irão travar uma luta incessante em todo o país contra estes objetivos e defendem a revogação imediata destes dois Simplex e da decisão que determina o desmembramento do ICNF e de outros organismos desconcentrados da administração pública", acrescenta o partido.