CDU defende medidas para garantir o direito à habitação
Numa acção de contacto com a população na zona das Madalenas, na freguesia de Santo António, a CDU defende um conjunto de medidas que considera serem fundamentais para garantir o direito à habitação.
Na acção política, o deputado Ricardo Lume referiu que ao manter-se o aumento das taxas de juro "milhares de famílias podem vir a ser colocadas, a breve prazo, numa situação em que não conseguem suportar o pagamento das prestações do crédito bancário, ficando ameaçadas de perder a sua habitação".
Enquanto as prestações não param de aumentar, os bancos têm cada vez mais lucros, os quatro maiores Bancos privados lucraram em 2022 1891 milhões de euros, mais 81% do que tinham lucrado em 2021. Ricardo Lume.
Através de um comunicado enviado, o deputado explica que as pessoas "não podem ficar sem a sua casa ou ter de escolher entre comer ou pagar a prestação".
As medidas propagandeadas pelo Governo da República PS e a pelo Governo Regional do PSD e CDS no que diz respeito ao apoio ao crédito à habitação das famílias não dão resposta à gravidade da actual situação e promove ainda mais a agiotagem da Banca. Ricardo Lume.
Ricardo Lume considera que o "PS, PSD e CDS continuam a defender os lucros dos bancos em detrimento dos direitos das pessoas".
Assim, a CDU diz que as medidas para dar resposta ao aumento das prestações do crédito à habitação, são "são equivalentes a querer curar uma pneumonia com um rebuçado de funcho".
Até pode adoçar a boca, mas, a patologia continua e até pode agravar-se. O que é preciso é por os lucros dos bancos a pagar a subida das taxas de juro! Ricardo Lume.
Para isso, a CDU defende a implementação das seguintes medidas: travar a subida das prestações das famílias e por os lucos dos bancos a suportar as subidas das taxas de juro, fixar o limite máximo da prestação em 35% do rendimento mensal do agregado familiar; criar uma moratória, por um máximo de 2 anos, suspendendo a amortização do capital e pagando juros apenas a uma taxa igual àquela a que os bancos se financiam; conversão do crédito em arrendamento com possibilidade de retoma do empréstimo no prazo de 10 anos, descontando as rendas pagas e a criação de um crédito habitação com juros bonificados para jovens até aos 35 anos de idade.