Madeira com taxa de juro no crédito à habitação superior à média nacional
A taxa de juro implícita ao crédito à habitação na Madeira aumentou em Fevereiro de 2023 para 2,625%, empurrando todos os indicadores a ele associados para máximos de vários anos. No caso particular da taxa de juro cobrada pelos bancos, a média no mês passado é superior à dos últimos 11 anos, mais precisamente Março de 2012 (2,648%).
De acordo com os dados divulgados pelo INE esta manhã, a taxa de juro aumentou 16,2% face a Janeiro de 2023 (2,258%), num cenário já previsto e que acompanha as alterações às taxas de juro de referência na zona euro que, ainda ontem, sofreram um novo agravamento de 0,5 pontos percentuais.
Assim, voltando aos valores subjacentes à subida das taxas de juro médias, tanto a nível nacional como para o Continente, Açores e a Madeira, denota-se que pelo terceiro mês consecutivo aos consumidores madeirenses são cobradas taxas superiores. Os açorianos têm pago, em média, taxas de juro mais baixas, fixando-se em Fevereiro nos 2,633%, enquanto que no Continente a média foi de 2,521%. A média nacional ficou-se pelos 2,532%, todos abaixo da média da Madeira.
Olhando aos valores, tanto a prestação total (passou de 331 euros para 337 euros) como os juros totais (passou de 116 euros para 136 euros) dispararam, ficando a perder o capital amortizado (passou de 215 para 201 euros), sendo que igualmente o capital em dívida (era de 62.142 euros e agora fixou-se nos 62.534 euros) voltou a aumentar, o que para todos os efeitos, nos cinco indicadores tem estado em evolução crescente desde há cerca de um ano, com algumas oscilações pelo meio.
Ou seja, tanto no capital em dívida, como na prestação total e nos juros totais, os madeirenses têm em dívida ou pagam mais que os continentais e os açorianos, apenas ficando a ganhar no capital amortizado que é superior (189 euros no Continente e 159 euros nos Açores), o que também acaba por acontecer na média nacional (190 euros).