Tribunal decide manter na prisão 294 pessoas envolvidas nos ataques em Brasília
O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil decidiu manter 294 pessoas detidas no sistema prisional do Distrito Federal envolvidas nos ataques às sedes dos três poderes em 08 de janeiro.
O juiz Alexandre de Moraes terminou a análise de todos os pedidos de liberdade provisória feitos pela defesa das pessoas presas e "concedeu liberdade provisória para outros 129 denunciados, que poderão responder em liberdade mediante medidas cautelares", como pulseira eletrónica, e "foram negadas liberdades provisórias a 294 pessoas", indicou em comunicado o STF.
Em 09 de janeiro, um dia após os ataques, a Polícia Federal prendeu 2.151 pessoas que participaram nos ataques e que estavam acampadas em frente ao quartel-general em Brasília.
"Destas, 745 foram liberadas imediatamente após a identificação, entre elas as maiores de 70 anos, as com idade entre 60 e 70 anos com comorbidades e cerca de 50 mulheres que estavam com filhos menores de 12 anos nos atos", detalhou o STF.
"Dos 1.406 que seguiram presos, permanecem na prisão 181 homens e 82 mulheres, totalizando 263 pessoas. Contudo, quatro mulheres e 27 homens foram presos por factos relacionados ao dia 08, após o dia 09 de janeiro, em diversas operações policiais. De maneira que estão presos atualmente um total de 294 pessoas - 86 mulheres e 208 homens", explicou o tribunal.
As investigações estão em curso desde 08 de janeiro, quando uma multidão de radicais invadiu e destruiu os edifícios presidenciais, do Congresso e do Supremo Tribunal em Brasília, numa tentativa de golpe contra o novo Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A justiça brasileira também investiga o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro para esclarecer se teve participação na instigação dos ataques.