"A saúde mental é um dos problemas que enfrentamos que mais preocupa a Iniciativa Liberal"
A saúde mental é um dos problemas que mais preocupa a Iniciativa Liberal, diz o partido, na sequência da reunião com a Direcção Regional da Madeira da Ordem dos Psicólogos.
Com uma ideia saímos da reunião, a pandemia só potenciou o que já se passava em termos de saúde mental e que uma má saúde mental tem enormes custos económicos e sociais, quando se executam políticas que não têm em conta o impacto que estas podem ter na saúde mental. IL-Madeira
Diz o partido que ouviu e concluiu muito.
Desde já, que os recursos atribuídos aos diferentes campos da saúde mental são reduzidos. Há que Priorizar a intervenção precoce, a prevenção, de modo a evitar que as pessoas sofram crises de saúde mental e minimizar o número e a duração dos internamentos. Intervir a montante para evitar ter de fazê-lo a jusante. Há que passar do discurso, bonito e ocasional, à prática. É urgente promover a literacia emocional de modo que seja mal fácil entender o que se passa e entender a necessidade de procurar ajuda. IL-Madeira
O partido entende que é necessário estabelecer indicadores de felicidade e indicadores de bem-estar, de modo a permitir aferir da compatibilização da vida laboral com a vida pessoal e familiar.
É preciso medir resultados para prevenir em vez de remediar. Questões como o absentismo, o presentismo e a produtividade têm relação com a saúde mental, fazendo com que seja determinante a articulação, que não existe, entre o poder político e a psicologia, ao nível institucional sob a forma de recomendações, pareceres, relatórios. IL-Madeira
E defende ser necessário fazer um "estudo profundo sobre necessidades de quadros e, se for caso disso, contratar mais psiquiatras, psicólogos e enfermeiros especializados". Estabelecer padrões máximos de tempo de espera, considerando prioritário a assistência aos casos infantis e juvenis.
Urge desenhar políticas públicas baseadas em evidências. A decisão política não pode ser só baseada em questões técnicas. Há protocolos a seguir que determinam a gestão e alocação de recursos, sejam materiais, orçamentais, de recursos de avaliação e de intervenção ou que determinem as condicionantes. É importantíssimo assumir o compromisso de que ninguém em crise pode ser rejeitado, melhorando a integração e as relações de confiança entre todos os intervenientes, que promova uma abordagem holística de modo a melhorar a intervenção dos serviços de saúde mental. É primordial lutar contra o estigma da doença mental investindo na educação e em campanhas de esclarecimento. Nenhum de nós está livre de um dia ter esta infelicidade a lhe bater à porta. IL-Madeira
O partido diz que há que apostar na prevenção/informação e combate a todos os comportamentos aditivos: álcool, droga, jogo, compras, sexo, etc.
A educação tem de ser uma ferramenta essencial para todas as políticas sobre dependências. Urge criar um verdadeiro plano de combate às adições de modo a incorporar novos perfis de risco e garantir os meios necessários para cuidar de todas as pessoas afectadas. Pretendemos com isto ampliar os perfis de dependência, incluindo jogos de azar ou vícios decorrentes do uso abusivo de novas tecnologias (videojogos, telemóveis, redes sociais, apostas desportivas, etc.), bem como a criação de programas de cuidados sociais que visem uma plena reinserção social. Definir o jogo patológico como um comportamento aditivo. Estabelecimento de controlos rígidos em todos os locais de jogo e apostas de modo a impedir o acesso de menores e pessoas afectadas pela ludopatia Limitar a publicidade de jogos e apostas seguindo os mesmos critérios que o álcool e o tabaco. IL-Madeira
O partido conclui garantindo que todos estes ensinamentos e conclusões vão enriquecer o programa eleitoral às Regionais deste ano.