Inspecção feita ao NRP Mondego reforça posição da linha de comando
Navio estava em condições de ser empenhado na missão de acompanhamento de navio de espionagem russo
A inspecção entretanto feita ao NRP Mondego, na sequência do caso de insubordinação de 13 militares da respectiva guarnição(quatro sargentos e nove praças) do navio responsável pelo patrulhamento marítimo do arquipélago da Madeira, vem dar razão à decisão do comandante de querer empenhar o meio naval numa missão de acompanhamento de um navio russo a norte da ilha de Porto Santo.
Dado revelado pelo Chefe do Estado-maior da Marinha e Autoridade Marítima Nacional, Henrique Gouveia e Melo, após a visita realizada esta manhã ao navio atracado no Porto do Funchal.
“Nunca tive dúvidas sobre o que é que a minha linha de comando decidiu nem com a minha linha que se preocupa com o estado do material decidiu. Nunca tive dúvidas. No entanto, face ao ruído externo fiz questão de mandar uma inspecção independente da área do material vir aqui à Madeira e fazer uma inspecção ao navio”, começou por dizer. A inspecção para ‘tirar a limpo’ eventuais dúvidas, nomeadamente saber se o comandante do NRP Mondego teria errado na decisão, ou mesmo a linha comando ou a linha mais próxima de apoio ao navio haviam errado na avaliação feita, teve, segundo Gouveia e Melo, uma resposta concludente: “Foi um rotundo não, não erraram”, garante.
Tal não invalida de reconhecer que “o navio não está nas melhores condições, mas os navios militares, face às suas redundâncias e capacidades, operam também de forma degradada e não impedem de fazer missões”, reafirmou, para também deixar claro que “isto não é só na marinha portuguesa. É em todas as marinhas do mundo”, concretizou.