Madeira

CDU defende ser urgente acabar com as acções de despejo

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A CDU defender, esta manhã, numa acção política na Rua Dr. Fernão Ornelas, a urgência de se garantir o direito à habitação e acabar com as acções de despejo. Na sua intervenção, Herlanda Amado afirmou que "é possível viver melhor na nossa terra" e disse existirem soluções para combater o crescente agravamento do aumento do custo de vida das famílias.

"Existem propostas para combater os aumentos astronómicos da habitação na Região, mas para isso é necessário que haja vontade política de quem governa o País e a Região", referiu a deputada municipal do Funchal. Herlanda Amado lembrou que a CDU tem apresentado "propostas na Assembleia da República e na Assembleia Regional, para travar o aumento dos bens essenciais que garantam uma alimentação condigna às famílias trabalhadoras, temos apresentado propostas para combater os aumentos astronómicos das taxas de juro à habitação e do aumento incomportável dos valores do arrendamento na Região, mas quem tem o poder de decisão, o Governo da República (PS) e o Governo Regional (PSD-CDS), sempre de mãos dadas com outros partidos que se dizem “preocupados” com as dificuldades porque passam as famílias, chumbam as nossas propostas apenas por populismo e protecção aos grandes grupos económicos. Alguns continuam a encher os bolsos de milhões, enquanto as famílias sobrevivem com tostões".

Apontou ainda uma outra preocupação, nomeadamente, as acções de despejo. Este flagelo "afecta cada vez mais quem sobrevive do seu salário e quem cumpre com o pagamento das suas rendas, porque a especulação imobiliária faz com que muitos senhorios 'denunciem' o contracto de arrendamento apenas para poderem alugar mais caro ou vender a valores incomportáveis para famílias trabalhadoras".

Herlanda Amado recorreu ao exemplo "de uma família monoparental, de uma mãe e duas filhas, que ficaram sem casa por “denuncia” de contracto, e agora estão alojadas temporariamente na Pousada da Juventude do Funchal, mas sem qualquer alternativa mais segura, que seja garantida pela Segurança Social, IHM ou mesmo a SOCIOHABITAFUNCHAL". "É obrigação do Estado intervir nestas situações, garantindo que mais famílias possam ter direito a uma habitação. É obrigação do estado intervir e garantir que as famílias não sejam confrontadas com a rua, por inércia e incompetência dos governantes", disse.

"É obrigação do Estado intervir para proteger as famílias desta Região, que mesmo cumprindo com todas as suas obrigações e deveres, depois não são protegidas quando ocorrem situações dramáticas como estas. A vergonha não é de quem passa por uma situação desesperante como esta, a vergonha é sim, dos governantes que não têm políticas de habitação que vá ao encontro das necessidades das famílias, como desta jovem mãe", frisou.