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PR sem conclusões para já sobre eventual fragilização de chefia da Armada

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O Presidente da República escusou-se hoje qualificar o comportamento dos militares que recusaram embarcar no navio Mondego, nem quis para já tirar conclusões sobre eventuais efeitos deste caso na chefia da Armada.

Marcelo Rebelo de Sousa respondia a perguntas da comunicação social no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa.

Interrogado se considera que o chefe do Estado-Maior da Armada, Henrique Gouveia e Melo, ficou fragilizado com este caso, o Presidente da República e comandante supremo das Forças Armadas respondeu: "Não vamos agora estar a falar daquilo que são as conclusões a que chegará a inspeção ou fiscalização em curso".

Questionado logo de seguida se não tem já conclusões a tirar nesta matéria, Marcelo Rebelo de Sousa replicou: "Não, não tenho, pois se neste momento decorrem as investigações, e na parte disciplinar terão de ser ouvidos todos os militares que estiveram envolvidos".

"Esperemos", aconselhou.

O chefe de Estado deu a mesma resposta quando os jornalistas lhe perguntaram se o comportamento dos militares da Marinha que recusaram embarcar no Navio da República Portuguesa (NRP) Mondego, alegando falta de condições de segurança, não configura desobediência perante a hierarquia: "Esperemos".

Quando foi interrogado se pode haver um descontentamento a nascer dentro da Marinha, o Presidente da República apontou a necessidade de atualização de meios nos três ramos das Forças Armadas.

"Não, eu gostaria de dizer que há na Marinha, como no Exército, como na Força Aérea, capacidades que vêm do passado, umas mais recentes, outras menos recentes, que precisam de atualização. É essa atualização vai ser agora mais possível do que foi no passado próximo", referiu.

Marcelo Rebelo de Sousa frisou que aguarda os resultados da inspeção em curso sobre o caso ocorrido no sábado à noite com o NRP Mondego, que não cumpriu a missão de acompanhamento de um navio russo a norte da ilha de Porto Santo, na Madeira.

Questionado se teve de explicar a algum aliado de Portugal o que se passou neste caso, o Presidente da República disse: "Não, que eu saiba não".