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UE deve estreitar relações com China sem repetição de erros passados

Foto EPA/OLIVIER HOSLET
Foto EPA/OLIVIER HOSLET

O presidente do Conselho Europeu estabeleceu hoje como prioridade da União Europeia (UE) estreitar as relações com Pequim, mas sem o mesmo grau de dependência que havia com Moscovo e sem recuar nos valores democráticos.

No arranque de um debate no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França, para preparar o próximo Conselho Europeu, Charles Michel insistiu na necessidade de estreitar as relações diplomáticas e comerciais com a China.

Contudo, é preciso olhar Pequim "nos olhos": "Defendendo os nossos valores, como os direitos humanos. Precisamos de reduzir a nossa dependência externa, vimos o que aconteceu com a Rússia, para equilibrar a balança com a China."

O presidente do Conselho Europeu defendeu que também é necessário "abordar com a China os assuntos globais, por exemplo, as alterações climáticas".

O apelo de Charles Michel para um estreitamente das relações com a China não tem apenas uma lógica económica e comercial.

Têm aumentado nos últimos meses as tentativas de diálogo com Pequim para isolar Moscovo e aumentar, assim, a pressão sobre o Kremlin no que diz respeito à invasão em larga ao território ucraniano, que dura há mais um ano.

Charles Michel referiu também que o próximo Conselho Europeu é uma "oportunidade para olhar em detalhe para as migrações", uma temática que "muitas vezes é utilizada para alimentar as polarizações" nos Estados-membros europeus.