NATO informa aliados sobre "incidente" de caça russo com 'drone' dos EUA no Mar Negro
A NATO informou hoje os aliados sobre o "incidente" em que um avião de combate russo colidiu com um 'drone' norte-americano no Mar Negro e que terminou com a auto-destruição, pelos Estados Unidos, do seu aparelho.
O comandante supremo aliado na Europa, general Christopher Cavoli, informou hoje os aliados da Aliança Atlântica "sobre este incidente", adiantaram fontes desta organização à agência de notícias espanhola Efe, sem adiantar mais detalhes.
A Casa Branca classificou como "ato irrefletido" o incidente em que um avião de combate russo colidiu com um 'drone' norte-americano no Mar Negro e os EUA vão convocar o embaixador russo em Washington.
Um caça SU-27 da Força Aérea russa colidiu hoje com uma aeronave não tripulada ('drone') dos Estados Unidos, num incidente sobre águas internacionais no mar Negro, de acordo com as Forças Armadas norte-americanas.
"O nosso 'drone' MQ-9 estava a realizar operações de rotina no espaço aéreo internacional quando foi intercetado e abalroado por uma aeronave russa, resultando na queda e perda do MQ-9", confirmou James Hecker, comandante das Forças Aéreas norte-americanas na Europa.
Entretanto, John Kirby, porta-voz da Casa Branca, condenou a ação dos aviões russos, dizendo que foi um "ato irrefletido" e lembrando que já no passado houve interceções de 'drones' norte-americanos por aviões russos, mas que este incidente foi "único", porque obrigou a Força Aérea dos EUA a derrubar o seu próprio avião não tripulado.
A Casa Branca também já disse que o Presidente dos EUA, Joe Biden, foi informado sobre o incidente, pela voz do conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan.
Entretanto, os Estados Unidos anunciaram que já convocaram o embaixador russo em Washington, para lhe transmitir a sua "forte objeção" pelo incidente no mar Negro.
"Vamos convocar o embaixador russo ao Departamento de Estado", disse o porta-voz diplomático dos EUA, Ned Price, acrescentando que o embaixador dos EUA em Moscovo também transmitiu o protesto de Washington numa mensagem enviada ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.