Madeira

NÓS, Cidadãos! pede maior fiscalização dos preços praticados pelos supermercados na Região

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O Nós, Cidadãos! alerta para a escalada de preços no denominado cabaz alimentar.

Eis as preocupações:

Todos os portugueses já sabem que o chamado “cabaz alimentar”, com os bens alimentares essenciais, está hoje bastante mais caro do que em 2022 e mais ainda relativamente a 2021.

Se em Portugal continental subiu 29% nos últimos 13 meses – e já custa mais de 96,44  euros –, então na Região Autónoma da Madeira o custo já ultrapassa seguramente os 100 euros e, para quem ganha o salário mínimo regional, é chegada a hora que fazer muito bem as contas e, lamentavelmente, deixar de consumir alguns dos produtos que o integram.

Nem todos os madeirenses e porto-santenses conseguem acompanhar e suportar as subidas quase diárias de alguns bens primários de consumo. Este é um facto!

A justificação para a subida é agora a guerra na Ucrânia e o aumento dos custos de produção. Mas, como sabemos, não é bem assim!  NÓS, Cidadãos! lembramos que alguns dos produtos do cabaz são o peixe, a carne, legumes, frutas, massas, arroz, azeite, óleo, ovos, açúcar, leite, pão e farinha.

As frutas e legumes foram os alimentos que mais subiram, mas não só, como é o caso dos ovos, leite e óleo.

Veja-se o exemplo de algo que é bem português, produzido “cá dentro” e que custa hoje muito mais do que no final de 2022. Falamos, como é óbvio, do azeite. Também este preço está dependente do conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia?

Em Portugal continental, a ASAE - Autoridade de Segurança Alimentar e Económica - tem fiscalizado diversas superfícies comerciais e, na passada semana instaurou mais de uma dezena de processos-crime por especulação, em produtos como o queijo, cereais, carne e fruta.

Nalguns casos a margem de lucro bruto dos ‘retalhistas’ superava os 40% e 50% em alguns produtos, como é o exemplo da cebola. Até aos 30%, destaca-se o lucro no açúcar branco, óleo alimentar e na dourada, produzida - e tão propagandeada - na Madeira, enquanto atéaos 40% aparece o atum em conserva e o azeite, e até aos 50%, estão os ovos, as laranjas, cenouras e febras de porco. Meia dúzia de ovos na Madeira custa hoje mais de um euro e meio, enquanto em Lisboa é possível comprar por um preço bem inferior.

Foram, igualmente, identificadas e formalizadas várias contraordenações por falta de afixação de preços, falhas nas balanças e nos requisitos de higiene, algo que nos é também muito familiar.

Esta semana, elementos do NÓS, Cidadãos!, encontraram numa determinada superfíciecomercial no Funchal alguns produtos alimentares com 3 preços diferentes marcados simultaneamente, dois deles referentes a uma promoção já finda.

Ora, a prática do crime de especulação é bem conhecida e a conjuntura atual favorece-a! Os consumidores estão agora a suportar subidas avultadas dos preços de bens essenciais que os produtores dizem não estar a aplicar quando vendem os produtos aos chamados intermediários. Como é tudo isto entendível? Alguém está a faltar à verdade e a ganhar muito dinheiro com toda esta situação. Outros não estão a cumprir o seu dever, que é fiscalizar!

Face a tudo isto, o partido NÓS, Cidadãos! pede às autoridades regionais para defenderem os consumidores madeirenses e porto-santenses, ou seja, apela ao Governo Regional para impulsionar mais ações de fiscalização junto dos super e hipermercados existentes na RAM.

É chegada a hora do Governo Regional defender os interesses dos consumidores regionais e de transmitir aos operadores que operam no mercado uma clara mensagem sobre a responsabilidade social destes!

As autoridades regionais não podem ser flexíveis (“fechar os olhos”) para com práticasespeculativas e devem rapidamente intensificar a sua presença junto dos retalhistas que estão no mercado no sentido de detetar todas as situações anómalas ou ilegais.