Nós, Cidadãos! pede uma maior fiscalização dos preços praticados nos supermercados
O partido Nós, Cidadãos!, através de um comunicado enviado, refere que se o preço de um "cabaz alimentar", com bens essenciais, subiu "29% nos últimos 13 meses" em Portugal continental, na Região o custo "já ultrapassa seguramente os 100 euros".
Para quem ganha o salário mínimo regional, é chegada a hora que fazer muito bem as contas e, lamentavelmente, deixar de consumir alguns dos produtos que o integram. Nós, Cidadãos!
"Nem todos os madeirenses e porto-santenses conseguem acompanhar e suportar as subidas quase diárias de alguns bens primários de consumo", recorda o partido.
NÓS, Cidadãos! lembramos que alguns dos produtos do cabaz são o peixe, a carne, legumes, frutas, massas, arroz, azeite, óleo, ovos, açúcar, leite, pão e farinha. As frutas e legumes foram os alimentos que mais subiram, mas não só, como é o caso dos ovos, leite e óleo Nós, Cidadãos!
O partido destaca ainda os produtos produzidos em Portugal e que custam "hoje muito mais do que no final de 2022". "Falamos, como é óbvio, do azeite. Também este preço está dependente do conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia?", questiona o partido.
"Em Portugal continental, a ASAE - Autoridade de Segurança Alimentar e Económica - tem fiscalizado diversas superfícies comerciais e, na passada semana instaurou mais de uma dezena de processos-crime por especulação, em produtos como o queijo, cereais, carne e fruta. Nalguns casos a margem de lucro bruto dos ‘retalhistas’ superava os 40% e 50% em alguns produtos, como é o exemplo da cebola. Até aos 30%, destaca-se o lucro no açúcar branco, óleo alimentar e na dourada, produzida - e tão propagandeada - na Madeira, enquanto até aos 40% aparece o atum em conserva e o azeite, e até aos 50%, estão os ovos, as laranjas, cenouras e febras de porco. Meia dúzia de ovos na Madeira custa hoje mais de um euro e meio, enquanto em Lisboa é possível comprar por um preço bem inferior", lê-se no comunicado.
Esta semana, elementos do NÓS, Cidadãos!, encontraram numa determinada superfície comercial no Funchal alguns produtos alimentares com 3 preços diferentes marcados simultaneamente, dois deles referentes a uma promoção já finda. Ora, a prática do crime de especulação é bem conhecida e a conjuntura atual favorece-a! Os consumidores estão agora a suportar subidas avultadas dos preços de bens essenciais que os produtores dizem não estar a aplicar quando vendem os produtos aos chamados intermediários. Como é tudo isto entendível? Alguém está a faltar à verdade e a ganhar muito dinheiro com toda esta situação. Outros não estão a cumprir o seu dever, que é fiscalizar! Nós, Cidadãos!
Assim, face a estas situações, o partido pede às autoridades regionais para que sejam realizadas mais acções de fiscalização junto de super e hipermercados.
É chegada a hora do Governo Regional defender os interesses dos consumidores regionais e de transmitir aos operadores que operam no mercado uma clara mensagem sobre a responsabilidade social destes Nós, Cidadãos!
A concluir, o Nós, Cidadãos! refere que as autoridades regionais "não podem ser flexíveis" perante as práticas especulativas e devem "intensificar a sua presença junto dos retalhistas que estão no mercado no sentido de detectar todas as situações anómalas ou ilegais".