Militares que recusaram missão na Madeira vão ser "rendidos por outros camaradas"
Polícia Judiciária Militar encontra-se a investigar o caso
Os 13 militares que se recusaram a cumprir uma missão de patrulhamento ao largo do Porto Santo, no passado sábado, vão "ser rendidos por outros camaradas" enquanto decorre a fase de averiguação. A informação foi avançada ao DIÁRIO pelo porta-voz da Marinha.
O patrulhamento está, no entanto, assegurado, sendo que a rendição vai decorrer de forma célere. Entretanto, os militares envolvidos neste caso de insubordinação estão a ser inquiridos pela Polícia Judiciária Militar, a fim de averiguar todos os factos relacionados com a recusa em embarcar no NRP Mondego, que se encontra destacado na Madeira.
Polícia Judiciária Militar investiga recusa de embarque por parte de militares na Madeira
Foi aberto um processo disciplinar para apurar todos os factos do caso ocorrido na noite de sábado
Os militares afirmam que não estavam reunidas as condições de segurança devido à inoperacionalidade de um motor e de um gerador eléctrico, bem como pela falta de um sistema de esgoto adequado para armazenar resíduos oleosos a bordo, ficando estes acumulados nos porões, aumentando o risco de incêndio.
Por seu lado, a Marinha indica que as instância com competência para avaliar as condições da embarcação apuraram que havia condições para que a missão fosse desempenhada. Em causa estava o acompanhamento de um navio russo que passava ao largo do Porto Santo.
Ireneu acompanha “com preocupação” recusa de embarque por militares da Marinha na Madeira
Recusa levou a que navio russo passasse ao largo do Porto Santo sem acompanhamento
O Representante da República para a RAM já demonstrou ao DIÁRIO a sua preocupação perante este caso.