Famílias afectadas pelas cheias receberam apoios de 87 mil euros
Os apoios às famílias afetadas pelas inundações de dezembro ascendem a 87 mil euros, mais do que as ajudas às empresas que somam 41 mil euros, segundo um balanço do presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carlos Moedas.
"Recebemos 163 candidaturas [a apoios por danos com as cheias] de famílias. Apoiámos 64 famílias com 87 mil euros", afirmou Carlos Moedas, hoje em Lisboa, num encontro com a imprensa para mostrar o último sensor, de um grupo de oito, instalado em Lisboa no âmbito de um sistema de alerta de inundações.
"Vamos ajudar muito mais do que isto", disse, referindo-se aos apoios já entregues, esclarecendo que há "orçamento para ajudar, por isso as pessoas que contactem" a CML, disse o presidente da Câmara.
Carlos Moedas atualizou também o balanço dos apoios às empresas afetadas pelas cheias de dezembro, informando terem-se candidatado 79 empresas e apoiadas 34 empresas no valor de 41 mil euros, menos do que o apoio às famílias até agora.
A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, há um mês, disse no parlamento que os prejuízos decorrentes do mau tempo que afetou o país em dezembro e em janeiro aumentaram para 342 milhões de euros.
O anterior balanço dos prejuízos era de 293 milhões de euros e o volume dos apoios a conceder ascendia a cerca de 185 milhões de euros.
Vários distritos do continente foram afetados por chuvas fortes entre o final de 2022 e o início deste ano, com grandes inundações, estragos em estradas, comércio e habitações, e dezenas de desalojados.
Em Algés, no concelho de Oeiras (distrito de Lisboa), registou-se mesmo uma morte, devido às cheias.
O último balanço apresentado pela CCDR-LVT dava conta de prejuízos na ordem dos 185 milhões de euros, registados por vários municípios: Amadora, Almada, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Odivelas, Oeiras, Seixal, Sintra e Vila Franca de Xira.