Onze pessoas presas em França por tráfico de droga para América Latina
Doze pessoas foram indiciadas e 11 delas detidas no domingo em França, incluindo um funcionário da alfândega, no âmbito de um caso de tráfico de drogas com a América Latina, anunciou hoje uma fonte judicial.
O tráfico, avançou onjornal Le Parisien, terá sido organizado a partir do sul de Paris e teria como destino particular o México.
Os envolvidos foram acusadas de importação de estupefacientes enquanto rede organizada, de tráfico de drogas, de lavagem de dinheiro em rede organizada, de associação criminosa, de corrupção e de delitos relacionados com armas, avançou a mesma fonte judicial citada pela agência francesa de notícias AFP.
Dos indiciados, "11 foram colocados em prisão preventiva, incluindo o funcionário aduaneiro, enquanto o 12.º foi colocado sob custódia", referiu.
Treze pessoas foram detidas pela polícia após terem sido interrogadas, na quarta-feira, pelos investigadores da polícia judiciária de Versalhes, "no coração de Grande-Borne", um bairro dos subúrbios do sul de Paris, referiu fonte próxima da investigação.
"Nunca se tinha feito uma operação desta envergadura, neste local", sublinhou, adiantando ter-se tratado de uma "trabalho de dois anos" que conseguiu "a apreensão de 70 quilos de cocaína e de armas".
"É uma rede gerida por três irmãos muito conhecidos de Grande-Borne, que ali controlam o tráfico. São riquíssimos, têm propriedades na Guiné, no Dubai...", precisou ainda esta fonte, indicando que esta rede "poderia ter até 400 mil euros de lucro por semana".
Entre os 13 implicados conta-se um funcionário da alfândega que trabalhava no aeroporto Roissy Charles de Gaulle e um funcionário da companhia ferroviária nacional SNCF.
O primeiro "tinha sido abordado há muitos anos, com técnicas de obtenção de informação elaboradas, nomeadamente através das redes sociais", e terá recebido 45 mil euros numa mala vinda nomeadamente do México, para "fechar os olhos", pormenorizou.
"Cada mala continha entre 40 a 60 quilos de cocaína e eram feitas uma a duas viagens por semana", acrescentou.