Madeira

"No ano de 2023 os preços dos bens essenciais não param de aumentar"

"Um dos motivos é a especulação por parte de algumas empresas que utilizam este expediente para aumentar os seus lucros", justificou Ricardo Lume

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 A CDU realizou uma acção de contacto com a população, no concelho de Câmara de Lobos, para afirmar a defesa da fixação de preços máximos nos bens essenciais como forma de combater a escalada dos preços.

O deputado Ricardo Lume disse que "no ano de 2023 os preços dos bens essenciais não param de aumentar".

"Um dos motivos é a especulação por parte de algumas empresas que utilizam este expediente para aumentar os seus lucros, as próprias autoridades regionais já confirmaram a existência desta prática, tal como foi noticiado ontem a ARAE instaurou 13 processos-crimes pela prática de especulação na venda ao público deste o inicio do ano", referiu. 

As famílias estão a cortar na alimentação. Os dados estatísticos confirmam o que é óbvio, o aumento especulativo dos preços a par da perda de poder de compra priva milhares de trabalhadores e de reformados de aceder a bens essenciais, como a comida".  Ricardo Lume
Então porque é que os preços especulativos não são travados? Quem é que impediu?".  Ricardo Lume

No seu entender, "há um claro aproveitamento dos grupos económicos e a Assembleia Regional podia ter aprovado a proposta do PCP para o controlo de preços dos bens alimentares essenciais".

Mas PSD, PS e CDS votaram contra e o JPP absteve-se, pois esses partidos  não querem confrontar os interesses dos grupos económicos nem beliscar os seus lucros".  Ricardo Lume
Dizem que é assim por causa da guerra, da inflação, como se não fosse possível fazer nada, como se fosse uma fatalidade. Mas, é importante dizer que Portugal é o País da Europa onde os  preços dos bens alimentares mais subiram".  Ricardo Lume
 Dizem lamentar as desigualdades, mas quando há soluções concretas para ultrapassar e resolver os problemas rejeitam tudo".  Ricardo Lume

De acordo com o deputado, "esta é a natureza  do capitalismo e de quem o defende e pretende perpetuá-lo".

"A prioridade das prioridades é o lucro, o capital, a acumulação de riqueza, mesmo que para isso se empurre milhares de trabalhadores e de famílias para a pobreza", sustentou. 

Para o capital a vida das pessoas pouco importa. Para uma minoria acumular cada vez mais riqueza há uma imensa maioria que empobrece a trabalhar. O capitalismo não é solução, mas sim parte do problema".  Ricardo Lume

E concluiu: Não estamos condenados a esta política de exploração e empobrecimento. A fixação de preços máximos nos bens essenciais a par da valorização dos salários são factores determinantes para travar a perda do poder de compra das famílias madeirenses".