O sonso e falso mago das finanças
Há quem não consiga digerir os resultados das últimas eleições autárquicas. É chato, mas foi assim que o povo quis. Mas não é essa a questão principal. Andar sistematicamente em bicos de pés, a reclamar méritos - sempre na primeira pessoa - do trabalho que fez, é ridículo e doentio. Ou não tivesse também o próprio beneficiado do trabalho dos que lhe antecederam. Só que, nessa altura, não esperneou. Um sonso.
O “mago” das finanças, que se pavoneava com os seus passes de mágica, afinal tinha atirado para debaixo do tapete várias dezenas de milhões de euros, que agora outros terão de pagar. Grande truque de magia. Um Copperfield das finanças, não haja dúvida.
E quando aponta dedos aos seus adversários, acusando-os de instabilidade de liderança, devia se lembrar que só chegou ao poleiro, porque brigaram tanto, mas tanto, que ele, que estava no “rabo da lancha”, acabou por chegar ao topo da hierarquia.
Caso para dizer: bem prega Frei Tomás. Convinha era tomar um banho de água benta, antes de se olhar ao espelho.
Manuel Fernandes Sousa