Discriminados, a todo o custo!
Desde que o Partido Socialista voltou ao poder em 2015, o tratamento diferencial e discriminatório por parte do Governo da República relativamente à Região Autónoma da Madeira tornou-se numa prática habitual e constante. Há poucos dias os estudantes Madeirenses e Açoreanos foram surpreendidos com as notícias que dizem respeito à intenção do Ministério da Ciência, da Tecnologia e do Ensino Superior de reduzir os lugares alocados aos contingentes da Madeira e dos Açores, baixando de 3.5% para 2% o número de vagas destinadas, em cada curso específico, aos candidatos das regiões autónomas.
É certo que os jovens portugueses, e em especial os madeirenses, não depositam grandes esperanças nas governações socialistas, mas a forma como o Governo da República encara os jovens insulares é de um descaramento total e de uma desfaçatez atroz, que apenas prejudica aqueles que mais lutam pelos seus objetivos apesar dos tantos entraves que a própria insularidade já lhes propicia.
Ao que parece, tal intenção de reduzir as vagas para os estudantes ilhéus, foi abandonada pela Ministra do Ensino Superior antes mesmo da proposta ser formalmente apresentada. No entanto, a principal ilação que advém da simples ideia de implementação desta proposta é muito clara, e aliás, recorrente. Uma constante discriminação irreverente face à população madeirense levou à tentativa de execução desta proposta contraproducente, procurando prejudicar, mais uma vez, os estudantes madeirenses.
Acontece que o Partido Socialista é manifestamente um perito em menosprezar e desconsiderar as causas defendidas pela JSD-M em prol dos jovens. O PS teve e tem uma posição destrutiva e corriqueira quando o tema em debate é a comunidade jovem madeirense, bastando recordar a forma como “rasgaram” inúmeras propostas apresentadas e impediram que fossem aprovadas fazendo uso do rolo compressor, como foi no caso da proposta do Estatuto do Estudantes Deslocados e na proposta de majoração do financiamento da Universidade da Madeira.
Por aqui, continuamos a ser um exemplo na defesa implacável dos jovens, dando seguimento a propostas como por exemplo a reformulação do estatuto estudante-atleta, procurando integrar estudantes-árbitros e estudantes-treinadores, tornando o estatuto mais abrangente e justo para todos aqueles que conciliam os estudos com a prática desportiva, em todos os moldes.