Associação Sem Limites alerta para a temática do bullying nas escolas
A Associação Portuguesa das Pessoas com Necessidades Especiais – Associação Sem Limites, através de comunicado, veio alertar para a temática do bullying nas escolas, pegando no exemplo da recente situação que ocorreu na Escola Básica e Secundária de Santa Cruz.
A Associação Sem Limites não pode de forma alguma ficar isenta de nada dizer, relativamente a este acontecimento, uma vez que transportarmos como principal missão a defesa e direitos de todas as pessoas com Necessidades Especiais
Criança autista vítima de bullying na Escola de Santa Cruz
Vídeo partilhado nas redes sociais denuncia actos de violência efectuados pelos colegas de escola
Como tal, através do comunicado, a Associação sentiu a necessidade de "expressar a importância de, não só sensibilizar bem como, de consciencializar toda a comunidade no que respeita à temática da Inclusão". Portanto, "primeiramente deveremos realçar que o movimento que já alguns anos é feito a nível mundial pela educação inclusiva é uma acção política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os cidadãos estudantes de poderem estar juntos, aprendendo e participando, sem qualquer tipo de discriminação".
Infelizmente, sabe-se que ainda hoje existe muita discriminação e não é só praticada para com crianças com deficiência, mas também com crianças com características ligeiramente diferentes, ou não tão vulgares. E estes, são alvos fáceis para a prática de bullying, de assedio e de “o posto de parte” de outras crianças, que muitas vezes e segundo vários estudos, espelham estes comportamentos de violência física e psicológica do que se passa dentro das suas próprias casas.
Neste sentido, a associação questiona se "não está na hora (tendo em conta o número de casos como este, em diversas escolas) de selecionar minuciosamente a capacidade de toda a comunidade escolar para a recepção e igualdade de alunos com limitações? Não será necessário formar, como prática corrente todo o pessoal que trabalhe em escolas de modo a que possam receber de forma cada vez mais “normal” estas crianças?".
Voltamos a frisar que de todo não queremos atribuir culpas a ninguém, nem tão pouco somos dotados de tal, apenas o nosso objectivo primordial é focar-se sempre em diversas soluções, para não aumentar e amenizar o problema até extingui-lo futuramente. Queremos então, deixar esta reflexão para toda a comunidade. Onde estamos nós todos a falhar? Os pais de todos os alunos recebem o apoio, a motivação ou o conhecimento suficiente destas situações? Não existe pessoal formado em ensino especial suficiente? Não deveria ser esta formação basilar na educação, de todos os funcionários pertencentes às escolas? Porque não aumentar ações de sensibilização?