Madeira

Centro Europeu de Protecção Ambiental Marítimo pode vir a instalar-se na Região

Está a decorrer o 1.º Encontro Interparlamentar do PSD, no Salão Nobre da Assembleia Legislativa da Madeira

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Foto Helder Santos/ASPRESS

Uma das propostas do relatório do Parlamento Europeu sobre as Regiões Ultraperiféricas aponta a possibilidade de se instalar o Centro Europeu de Protecção Ambiental Marítimo na Madeira, mais concretamente no Funchal. O deputado Álvaro Amaro dá conta de que esta é apenas uma proposta, mas que está em boa fase de negociações com outros países europeus.

Álvaro Amaro é o relator do relatório sobre as Regiões Ultraperiféricas, que deverá ser votado ainda durante este mês de Março. O deputado fez questão de frisar o gosto por participar neste relatório por ser “um combatente pela igualdade do país”, uma vez que é natural do interior do país.

O deputado indica que o relatório, apesar de ser de opinião, vai orientar as Regiões Ultraperiféricas para o futuro.

Neste documento, pede-se também que sejam reforçados os fundos comunitários para as RUP, bem como há o desejo de que haja uma governação multinível neste tipo de apoios. “Estamos a falar de haver aquelas tentações políticas de atrasar as coisas” quando falamos de governos de cores políticas diferentes.

Álvaro Amaro destacou ainda que as Regiões Ultraperiféricas enriquecem a União Europeia. Esta ideia já ontem havia sido partilhada pelo presidente do Governo Regional. “Nós temos 80% a 90% da biodiversidade”, destaca o deputado na apresentação do relatório. A extensão europeia que as RUP dão é outro dos aspectos salientados pelo social-democrata.

Outra das propostas é uma avaliação, em todas as políticas da UE, sobre o estudo de impacto para as RUP. Em princípio, todos os grupos políticos concordam com esta necessidade. A criação de novas ferramentas e a tripla transição: energética, ambiental e digital, também consta deste documento do Parlamento Europeu.

“Temos de acelerar determinados investimentos, nas RUP, porque na Europa dois em cada três cidadãos que vivem nas regiões desenvolvidas têm acesso rápido à banda larga. Nas zonas menos desenvolvidas, […] um em cada seis tem acesso à banda larga”, avançou Álvaro Amaro, justificando a necessidade de se acelerar o investimento nas regiões menos favorecidas, sob a pena de “se cavar um foço”.